Ayla Costello se achava uma deusa.
Sua beleza e corpo atraentes eram chamativos e ela sabia bem disso. Portanto, usava e abusava desses atributos para ter quem e o que quisesse.
Não estamos aqui para julgar suas escolhas e nem o seu leve narcisismo...
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Eu deveria ser egoísta, realmente, como as pessoas costumavam dizer.
Já havia até perdido a conta das vezes em que magoara pessoas para que tivesse ou fizesse o que queria; o Adonis era uma das provas disso. Nunca gostei dele, mas me aproveitei de tudo o que ele tinha a oferecer, até o surgimento do problema com o agiota. Caso fosse uma pessoa altruísta, talvez o tivesse ajudado, fosse por pena ou caridade, mas eu simplesmente fui embora, e não me lembrei mais disso até o momento em que sorri para a Kira depois do que fiz durante a madrugada, sem me importar com o que ela sentiria caso descobrisse de alguma forma.
E em verdade, tudo o que eu fazia era estritamente para meu prazer. Eu não era lá muito boa pessoa, pelos vistos; o facto de ter conseguido olhar para a Kira após ter até me engasgado satisfazendo depravadamente o rapaz de quem ela gostava era uma prova disso, e eu não me importava. Não sabia como classificar as minhas atitudes e, quando eu não estava triste o suficiente para chorar trancada no quarto, não ligava muito para o que as pessoas pensavam sobre mim. Ter a atenção delas e o meu nome nas suas línguas inflava o meu ego de forma descomunal, porém, o problema iniciava quando as calúnias me afastavam dos meus objectivos.
O Idris exalava literal perfeição e poder por cada poro do corpo, porém, nada me preparou para vê-lo praticamente nu à minha frente. Ele era glorioso, todo ele, e isso apenas fez com que eu não conseguisse me arrepender dos meus feitos. Sem contar que, no final de tudo, ele engoliu tudo o que disse sobre mim e não conseguia mais me tirar da cabeça.
A prova ou evidência disso foi a forma como ele me encarou assim que apareci no térreo da casa de verão. Tive plena e completa certeza que as memórias salpicaram a sua mente quando os nossos olhares cruzaram e o seu caiu em toda a extensão do meu corpo por segundos, antes que ele o voltasse para a Kira, que decidira importuná-lo logo cedo.
Após servir-me de fruta fresca, iogurte e alguns frios, sentei à mesa próxima à piscina para degustar da refeição. Celine logo apareceu, os cabelos cacheados e ruivos em destaque, e sentou na cadeira ao meu lado.
— Bom dia! — saudou. Eu dei um sorriso fechado por estar com a boca cheia e engoli a comida antes de respondê-la — Tudo bem?
— Tudo, e contigo?
— Também. — desviou os olhos azuis para a paisagem — É tudo tão bonito por aqui...
— Realmente. — concordei — Mas estou curiosa para saber como é a tal praia para onde iremos hoje.
— Qual praia? — franziu o cenho.
— Okoha, pelo que o Kio disse. Ele garantiu que ninguém se decepcionaria.
— A Kira vai querer ir? — ergueu as sobrancelhas, inquisitiva. Eu ri de forma descontraída antes de levar um dos morangos à boca — Acho que devíamos procurar realizar actividades nas quais todo o mundo pudesse participar...