Asian Scars × jikook

∞ Quando nos vermos, juro amar-te

!AVISOS!

∞ Este capítulo trata-se de um crossover entre as fanfics Asian Scars e Quando nos Vênus, juro a Marte, o qual foi escrito por mim e pela Camille @ -bullshift  

∞ Este capítulo se passa dentro do universo de QNVJAM, onde almas gêmeas existem. Jeongguk e Jimin de Asian Scars são almas gêmeas apenas dentro do crossover.

∞ Este capítulo contém a presença de Jimin de Asian Scars e Jeongguk de QNVJAM, os quais não se conhecem e não se reconhecem, o que sentem é apenas algum tipo de conexão.

∞ Caso você ainda não tenha lido QNVJAM, este capítulo contém spoilers, pois aqui é retratada a fase em que Jimin e Jeongguk se afastaram por lá. Em Asian Scars é o momento atual mesmo.

∞ Existe um asterisco (*) que indica o início de Those Eyes, da banda New West. Para quem quiser escutá-la junto dos personagens, apenas pressione o play assim que o asterisco aparecer.

∞ Sinta-se à vontade para pular este capítulo, se assim quiser, pois não faz parte de uma continuidade do enredo de Asian Scars, tornando-se algo à parte.

No mais, boa leitura.

#CodinomeFlamingo

#SaturnoUranoNetuno

Já não sabia o que fazer com a própria dor. O volante parecia emanar o calor das mãos dele, o cheiro do perfume caro estava grudado no cinto de segurança e ao olhar para o lado, encarou o vazio da ausência dele sufocando-o aos poucos.

Mesmo sabendo exatamente onde ele estava, Jimin nutria uma esperança tola de encontrá-lo em alguma esquina e até assustou-se quando viu um homem de camiseta estampada e botões transparentes. O coração disparou como se realmente fosse ele, demorando alguns segundos para voltar a frequência agoniante de sempre após encarar por tempo demais um completo desconhecido.

Não sabia o que fazer. Ficar em casa e dar de cara com a polícia em frente à sua porta era um lembrete, mas visitar os amigos também. Conseguia sentir a própria dor estampada nos olhos deles e não havia nada que pudesse ser feito. Queriam-no de volta.

E naquela busca por uma fuga, percebeu que ela não existia. Não quando usava a caminhonete dele tentando encontrá-lo, emaranhando-se em toda a sua presença ausente, vagando pelas ruas conhecidas por um ponto de vista diferente, pois na maioria das vezes não era Jimin quem dirigia.

Estacionou sem se dar conta de onde estava, a garganta sempre apertada pedia por alívio e assim, deixou algumas lágrimas silenciosas banharem o seu rosto. Fechou os olhos com força ao tentar esquecer das cenas que faziam questão de serem pintadas em sua memória, estar dentro do cenário de todas elas não era algo que ajudava muito.

Bufou ao pousar as mãos nas bochechas molhadas, olhou para o retrovisor e logo pensou que ele não gostaria de vê-lo chorando. Não eram lágrimas de felicidade.

*Saiu do automóvel e logo pode ouvir o som dos pedregulhos do estacionamento reverberarem sob as solas dos seus sapatos, escondendo a melodia que tocava ao longe, somente sendo percebida quando a quietude da noite tomou conta e o frio congelava a sua face. Virou o rosto bruscamente à procura de onde vinha, não tardando para adentrar o local em passos apressados e deparar-se com aquele velho bar, morada de suas primeiras inquietações e percepções amorosas.

Andou entre a multidão, tocando calmamente os ombros alheios para pedir passagem. E à medida que aproximava-se do palco, a música ganhava mais vida em seus ouvidos, o coração parecia querer parar de bater ao finalmente estar de frente para a banda e não reconhecer nenhum dos integrantes, não era a B612. Nunca se sentiu tão sozinho.