47. Despedidas

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usem a # para comentar no twitter, me sigam no instagram @disgrasarmy porque acabo postando mais coisas sobre a história por lá. podem me mandar dm chorando que eu adoro!

comentem bastante e me digam o que acharam no final!

#CodinomeFlamingo

Seokjin observava Niida através do vidro da sala de interrogatórios e desejava saber o que ele pensava enquanto estava ali sentado, olhando para o vazio das paredes. Ele parecia uma estátua de cera, exceto pelas vezes em que os olhos piscavam e a cabeça se movia em uma impaciência contida. Será que ele gostaria de sair logo dali? Será que já esteve em uma sala como aquela antes?

— Provavelmente não — Wheein respondeu, de braços cruzados e Seokjin percebeu que pensava alto demais. — A expressão dele de completa surpresa ao ver a equipe o algemando foi impagável.

— Acho que ele não fazia ideia de que algo assim poderia acontecer com ele algum dia — Joong-ki completou, bocejando logo em seguida. A noite fora longa e por mais que o corpo mandasse sinais de que deveria descansar, não conseguia sair da delegacia sem presenciar os frutos da sua árdua investigação tendo o seu destino final.

— Parece que estamos observando um animal exótico enjaulado. — Seokjin franziu o cenho, incomodado de repente com a forma que o olhavam.

— Bom, de certo modo, nunca vimos uma espécime dessa. — Joong-ki riu soprado e Wheein deu ombros.

— O que não deixa de ser verdade — disse, vendo o reflexo do seu cabelo claro no vidro. — Estamos acostumados com mulas e traficantes que tem muito mais a perder do que a ganhar se entregar uma vírgula que seja do que sabem. Estou curiosa para saber o que um chefe do tráfico internacional tem a dizer ou a omitir.

— Vamos esclarecer isso uma vez por todas, antes que ele fique irritado e arredio. — Seokjin elevou o canto dos lábios em um quase sorriso, entrando na brincadeira e abrindo a porta.

O clique da maçaneta foi o que precisava para deixar o ambiente descontraído do lado de fora para mergulhar na tensão de um interrogatório. Seokjin lidava com aqueles momentos como se fosse navegar em alto-mar. Os traficantes da base da pirâmide eram a travessia tranquila e conhecida de uma ilha a outra, já sabia o que iria encontrar. No entanto, naquela tarde, Seokjin era algum navegador italiano velejando pela primeira vez em mar aberto a mando da coroa portuguesa e com medo dos monstros marinhos que encontraria além do horizonte.

— Olá, sr. Niida — disse em japonês, recebendo um olhar enviesado como resposta. — Preciso fazer algumas perguntas para anexação aos autos e também, para elucidar alguns pontos da nossa investigação. Seu advogado está a caminho?

— Não será necessário — respondeu, sem emoção.

— Certo. Também devo lembrá-lo que tem o direito de permanecer em silêncio. Lembre-se de que você está aqui voluntariamente para responder às perguntas. Se quiser interromper o interrogatório a qualquer momento, por qualquer motivo, sinta-se à vontade para nos informar.

Nos informar? Tem uma galera atrás daquele vidro, não é? — Apontou com o queixo para a esquerda. Dali de dentro, o vidro era escuro e nada se via, tudo o que Niida tinha eram apenas suspeitas.

— O que faz o senhor pensar que é digno de tamanha atenção?

— Então é assim que começamos? — Niida sorriu, achando realmente graça. — Bom, digamos que uma linhagem da família Yakuza vai sentir falta de um filho essa noite. Queria voltar e me vangloriar de controlar o tráfico de drogas por aqui, mas acho que não fui bem sucedido.

Asian Scars × jikookWhere stories live. Discover now