If I was Going to Regret It Anyway

Capítulo 22

Poucos dias depois, Daryl estava no escritório com Philip quando o mordomo entrou com dois criados. Os criados carregavam algo retangular embrulhado em papel amarelo.

"O que é isso?"

"É um presente de Sua Alteza o Príncipe Herdeiro."

"Deixe aí."

Os criados deixaram o presente encostado na parede perto da porta e saíram.

"Prepare uma carta de agradecimento e um presente de retribuição adequado para enviar."

"Sim."

Depois de dar mais algumas instruções a Philip, Daryl o dispensou.

Sozinho agora, Daryl acendeu um charuto. Quando ele se recostou na cadeira e exalou lentamente a fumaça, seu olhar pousou no presente do príncipe herdeiro. Daryl se levantou e foi até o presente. Ele rasgou o embrulho com uma faca, revelando o que havia dentro.

Era uma pintura a óleo de uma cena de jardim. À primeira vista, parecia uma pintura de paisagem comum, mas após uma inspeção mais detalhada, havia uma cruz translúcida dividindo a pintura em quatro. Em outras palavras, era uma visão do mundo exterior através de uma janela.

'Então o título é <Primavera Fora da Janela>.'

Daryl deu uma tragada em seu charuto.

Aaron disse que era uma pintura brilhante adequada para recém-casados, mas aos olhos de Daryl, dava uma impressão completamente diferente. Apesar da tela estar repleta de coloridas flores primaveris em tons pastéis, o toque geral era áspero e intenso, o sombreamento era fortemente expresso, e a presença opressiva da janela, como se tivesse uma espessa camada aplicada, impedia que o brilho da primavera se espalhasse. totalmente florido.

Foi surpreendente. Mesmo que apenas cores brilhantes e vibrantes tenham sido usadas, isso poderia dar uma nuance tão sombria. Era como se a primavera estivesse presa em uma gaiola.

'Não, aquele que está preso na gaiola é o próprio pintor?'

Daryl podia sentir a intensa solidão e o desejo de liberdade profundamente enraizados na pintura, como se fosse sua. Embora definitivamente não fosse do seu gosto, era um trabalho estranhamente cativante, do qual era difícil desviar o olhar. Definitivamente havia um charme nesta pintura que atraiu o espectador. Marcus Miller, não foi? Ele sentiu que entendia um pouco por que as pinturas desse artista valiam a pena hoje em dia.

Havia uma assinatura no canto da pintura: "M. M." Duas letras do alfabeto em caligrafia simples e sem adornos. Parecia que até uma criança poderia forjá-lo se quisesse. Foi estranho. A pintura continha uma forte afirmação de si mesmo, mas a assinatura era como se pertencesse a outra pessoa.

Então houve uma batida na porta.

"Entre."

A porta se abriu e Eleanor entrou.

"Você ligou para mim?"

"Sim."

Daryl voltou para sua mesa, apagou o charuto no cinzeiro e sentou-se.

"O cronograma da visita ao palácio já está definido. Você me acompanhará para prestar homenagem a Sua Majestade o Imperador e a Sua Majestade a Imperatriz em três dias."

Prestar homenagem à família real foi uma parte essencial para uma estreia formal na sociedade. Normalmente, as debutantes faziam fila e se revezavam para cumprimentar a realeza durante um tempo limitado e depois iam embora.

Era extremamente incomum para Eleanor prestar homenagem ao Imperador e à Imperatriz ao mesmo tempo com Daryl como parte de sua estreia. Portanto, esta visita foi essencialmente uma oportunidade de apresentar Eleanor enquanto fazia uma reportagem sobre o casamento de Daryl.