Diário De Um Apocalipse Zumbi - O Despertar Dos Mortos

Em nome do Progresso

Capítulo dedicado a uma das minhas leitoras mais vorazes: AmandaSoares326. Desculpe não ter conseguido postar esse capítulo no dia do seu aniversário, mas eis aqui minha surpresa. Muitos anos de vida e felicidades!

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– O que ele queria dessa vez? – Suzi, uma biomédica de descendência asiática perguntou depois que o Major Benício saiu trotando seus sapatos de grife pelos corredores do laboratório.

– O mesmo de sempre: '' o alto comando exige resultados... '' e blá, blá, blá... – Heloísa respondeu e entrou em seu escritório com Suzi em seu encalço.

– Ficou sabendo? – ela perguntou, mas a doutora apenas aguardou pela resposta que viria a seguir. – Dizem que o Major foi rebaixado. Caiu tanto de posto que agora estão chamando-o de soldado. – a biomédica riu.

– Nunca entendi como um homem tão jovem conseguiu chegar ao patamar de Major tão rápido...

– Ele deve ser mais um daqueles puxa-saco, um faz tudo do governo.

Heloísa deu de ombros e observou pela janela de sua sala Benício entrar em seu carro esportivo. Ele, por sua vez, olhou para o alto do prédio, mas não deteve sua atenção por muito tempo para o edifício. Entrou no carro e saiu cantando pneus pelo estacionamento.

– Soldado... – ela desdenhou – Quem diria.

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6 semanas depois...

– Então foi pra isso que tomou o meu tempo? Pra me dizer que está quase lá? – O Major esbravejou.

– Este é um sucesso ímpar. Avançamos em semanas coisas que demoraríamos anos. Estamos falando de um sucesso de 90%, foi o mais longe que já chegamos até agora... – Heloísa estava esperançosa ao falar que estava próxima de conseguir obter êxito em suas pesquisas.

– 90% ainda não é satisfatório.

– Como é? – ela perguntou incrédula – Você não sabe o que está dizendo. Isso – ela tirou um frasquinho de dentro do bolso do jaleco e o colocou sobre sua mesa – será a cura de centenas de doenças. Temos um antígeno completo aqui. Já conseguimos curar muita coisa com esses 90%.

Benício observou o pequeno e frágil frasco com o líquido da cura disposto sobre a mesa.

– Me tragam uma seringa. – ele pediu a um de seus três soldados parados feito postes em locais estratégicos da sala.

Os soldados reviraram gavetas e compartimentos em busca do que lhes foi pedido. Heloísa olhava atônita os homens fazendo toda aquela bagunça pelo seu escritório. Um deles marchou apressado em direção ao Major e lhe entrego uma seringa com uma longa agulha.

– O que vai fazer? – o temor ficou evidente na voz da doutora.

– Já que temos aqui a cura para tantas doenças, vamos começar curando algumas doenças. – ele respondeu e aspirou o líquido do frasco.

– Ainda não testamos essa amostra em pessoas... – ela escolheu bem as palavras antes de dizer e sussurrou – vivas.

– Não vamos saber se a cura funciona a menos que seja testada, não é? Estou aprendendo cada dia mais convivendo com a senhora, doutora. – ele riu de escárnio.