Capítulo 33: Até que a morte nos separe!

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O dia passou rápido. Lobo Selvagem voltou ao final da noite. Trouxe consigo um pacote de ração para gatos que encontrara em uma mercearia nas proximidades da cidade. Ele e Stella se divertiam mimando a bichana. Fiz um jantar simples, porém saboroso para nós. Meu irmão e Lúcio vieram cear conosco. Os rapazes colocaram a mesa no quintal, assim como Lobo Selvagem fizera na noite em que me pedira em casamento. 

– Devemos fazer o chá de bebê o quanto antes. – Henri disse antes de bebericar sua taça de vinho tinto.

– Não está muito cedo? – perguntei assustada com a precocidade para tal evento.

– O Henri tem razão. Podemos fazer o chá após o casamento. A Brígida também poderia fazer o dela junto com você, já que são melhores amigas... – Lobo Selvagem ponderou.

– Ela vai adorar. – Lúcio disse.

– Não tenho tanta certeza. Você sabe que não estamos muito bem desde que a minha gravidez foi anunciada daquela forma.

– Ela ficou com ciúmes, Mel. Nossa melhor amiga nunca gostou de dividir as atenções...

– Sei bem... – respondi, pesarosa.

– Seria divertido se ela topasse. Qual o motivo da briga de vocês? –Lobo Selvagem perguntou e eu contei o que estava acontecendo entre nós.

Lobo Selvagem era uma pessoa discreta. Ouviu a história que contei e se absteve.

– Deveriam conversar, apenas vocês duas. Sentem e coloquem tudo o que estão sentindo 'pra' fora. Amizade como a de vocês não é fácil de se ver. – foi o que ele disse ao me encarar tão compreensivo como sempre fizera em momentos delicados.

– Você tem razão. Farei isso. –afaguei instintivamente seu braço e voltei a comer.

O jantar seguiu harmônico. Conversamos sobre coisas do casamento, comemos, rimos e brincamos.

A menina Stella adormeceu nos braços de Lobo Selvagem. Ela era muito apegada a ele, assim como era com o seu pai, Benny. Lobo Selvagem a levou até o seu novo quarto. A gatinha já estava deitada aos pés da cama e dormia profundamente, nem percebeu a movimentação ao seu redor.

Resolvi ficar na casa para me acostumar com o novo ambiente. No dia seguinte, aquela seria a minha mais nova casa.

Nossos convidados do jantar já haviam ido embora. Lúcio prometeu que voltaria no outro dia de manhã para arrumar toda a bagunça. Disse que era para eu descansar desde já e não me preocupar com nada. 

Eu seguiria as recomendações.

Já não aguentava mais ficar em pé, minhas pernas pareciam duas sacas de cimento. Usei uma das camisetas de Lobo Selvagem como camisola e o esperei sair do banho para deitarmos em nossa cama de casal. Era estranho e ao mesmo tempo bom dividi-la com ele. Eu estava super cansada, o dia havia sido de organização na casa. Lobo Selvagem me abraçou carinhoso.

Logo o sono nos venceu.

***

Fui acordada por Lúcio fazendo barulho de panelas na minha cozinha. Lobo Selvagem já havia se levantado e não estava na casa. Meu melhor amigo disse que ele havia saído para resolver algumas coisas referente ao casamento, que seria realizado antes do almoço. Ariana havia vindo para ajudar com a limpeza da cozinha. Ela havia colocado um bolo para assar e o cheiro perfumava toda a pequena casa.

– Caíram da cama? –perguntei ao adentrar a cozinha e bocejar ao vê-los em meios a tantos copos, talheres, pratos e panelas lavados e por lavar.

Diário De Um Apocalipse Zumbi - O Despertar Dos MortosOù les histoires vivent. Découvrez maintenant