Do desejo ao Acaso (BL)

(Bem-vindo a família)

              Totalmente envolvidos em uma troca de carinho, não percebendo a movimentação do ambiente que os cercavam, Eduardo e JP não notaram a chegada de Julian que sorrateiramente caminhou até a sala depois de ouvir o barulho de pessoas conversando, aproximando-se do sofá presenciou a cena por alguns minutos antes de se fazer notar:

- O seu quarto fica na terceira porta a esquerda, depois de subir a escada. - Fala Julian, com uma certa seriedade.

- Pai! Eu achei que estava viajando. - Fala JP, saindo rapidamente de cima de Eduardo, depois de assustar-se com a presença de Julian. - Não consegui falar com você, eu já estava preocupado. - Acrescenta JP, sentindo sua saliva descer com agulhas por sua garganta.

- É, posso notar sua preocupação. - Comenta Julian, apontando em direção a parte íntima de JP que ainda apresentava uma certa protuberância sobre a calça.

- Ah, isso. Nós não estávamos fazendo nada. - Fala JP, puxando um travesseiro e colocando sobre seu colo. - Esse é o Edu… Eduardo. - Comenta JP, gaguejando e não mantendo contato visual com Julian.

- Interessante que a expressão “Fazendo nada” tenha ganhado um novo significado. - Retruca Julian, dando um leve tapa no ombro de JP. - Então, você é a esposa do meu filho? - Pergunta Julian, estendendo a mão para cumprimentar Eduardo.

- Pai, nós somos dois caras, então “esposa” é um pouco desrespeitoso. - Retruca JP.

- Sim, eu sou o cara com quem ele namora. – Fala Eduardo, chutando a canela de JP que sente o impacto do chute acariciando sua canela em seguida. – É, um prazer conhecê-lo.

- Digo o mesmo. – Afirma Julian. – Bem, subam e se arrumem para comermos algo antes de dormir, tentem não deixar o DNA de vocês no sofá, eu sou compreensivo mais nem tanto.

- Pai. – Fala JP, envergonhado.

- Desculpe, por isso senhor. – Eduardo desculpa-se.

- O Senhor está no céu. – Afirma Julian. – Pode me chamar de Julian ou sogro, menos senhor. - Autorizando um reconhecimento mais íntimo entre ambos. – Vão se preparar logo para o lanche.

- Claro pai. – Fala JP, puxando Eduardo apressadamente caminhando em direção as escadas. Mas, nós já estamos cheios, então vamos direto para cama. - Afirma ele virando-se.

- Espera, eu quero perguntar algo. – Julian diz, antes que Eduardo e JP subissem a escada.

- Sim, senhor! Digo, o que quer saber Julian? – Pergunta Eduardo, fazendo uma confusão na forma de tratar Julian.

- Vocês estão usando camisinha? – Pergunta Julian em alto e bom som.

- Paii!! – JP retruca envergonhado, enquanto troca olhares envergonhados com Eduardo que segura o riso. – Até amanhã.