No shopping, as coisas pareciam movimentadas apesar de não ser o horário de pico, Otávio observava a empolgação de Eduardo enquanto ambos subiam de escada rolante até o andar de cima, onde fica a barbearia. Eduardo olhava fixamente alguns artistas de música sertaneja que se apresentavam em uma conveniência um pouco mais abaixo, antes de ouvir Otávio o alertando:
- Cuidado para não cair! - Fala Otávio olhando para Eduardo, enquanto saía da escada.
- Ah, obrigado! – Eduardo agradece, focando no caminho a sua frente. - Nós vamos demorar aqui? – Pergunta.
- Na verdade não, eu gosto de vir nesse salão por dois motivos: - Afirma Otávio. - Primeiro porque eles são eficientes e segundo porque são os únicos que realmente sabem trabalhar com cabelos ruivos. - Explicando enquanto caminha.
- Entendi. - Compreende Eduardo, enquanto Otávio entra na barbearia de onde dava para avistar uma pequena livraria.
- Boa noite! - Otávio cumprimenta os funcionários em sua chegada.
- Boa noite, Jujubinha! – Responde a funcionária, que aparentava ser a mais velha entre os outros.
- Meg, quando é que vai me dar um apelido melhor? – Pergunta Otávio, rindo enquanto a abraça.
- Esse combina muito com você. – Afirma ela, rindo. – Sente-se para que eu te deixe ainda mais bonito do que já é. – Fala Meg, fazendo um elogio a Otávio.
- Claro, você é quem manda. – Concorda Otávio sentando-se.
- Ah! Quem é esse bebezinho aqui? – Pergunta Meg, se referindo a Eduardo que havia sentado em uma poltrona ao lado do frigobar.
- Prazer! Eu sou o Edu, Eduardo!
- Bonito e educado. – Comenta Meg. – Você veio só como acompanhante ou também quer que eu realce seus traços maravilhosos? – Pergunta ela passando a mão no rosto de Eduardo.
- Ele só veio me acompanhar. – Fala Otávio antes que Eduardo pudesse responder.
- Que pena! Essa pintura mal feita no cabelo dele está acabando com a magia que tem o ruivo.
- Como? Como você sabe que sou ruivo? - Pergunta Eduardo surpreso.
- Seu cabelo é muito denso, pessoas ruivas têm dificuldades de pintar o cabelo devido a coloração vermelha ser muito forte, precisa de todo um processo para mudar a cor e pelo que eu percebi, você mesmo deve ter pintado ele. - Explica ela.
- Ruivo! – Sussurra Otávio olhando Eduardo pelo espelho, enquanto lembra-se desse detalhe que havia esquecido.
- Quer saber, senta aqui. - Fala Meg, puxando Eduardo. - Você não pode sair com o cabelo desse jeito! O que os outros vão pensar do meu estabelecimento?! - Explica ela. - Vou dar um jeito nessa bagunça de cores que você fez. - Comenta enquanto coloca uma espécie de avental em Eduardo.
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Do desejo ao Acaso (BL)
Fiction généraleNicholas, um dançarino solitário vê sua vida mudar a medida em que Otávio cruza seu caminho e , na linha tênue entre solidão e o desejo amar será um desafio. Eduardo terá sua vida transformada ao descobrir sua origem e, entre a dor e a mentira ele e...