(Bem-vindo a família)

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- Porque? - Pergunta JP, com olhos fixo em suas mãos enquanto finalizava a sobreposição da gravata.

- Porque se eu chegar acompanhado, nenhum gatinho vai dar em cima de mim. - Responde Eduardo olhando para JP, que automaticamente apertou agressivamente a gravata no pescoço de Eduardo impedindo a circulação do ar, o soltando em seguida.

- Está doido? - Pergunta Eduardo, tentando puxar folego.

- Desculpe, eu achei que estava muito frouxa. - Fala JP, sarcasticamente. - Sorte que eu não estava ajudando você a fechar o zíper. - Afirma ele, caminhando até a porta. - Imagina o estrago que seria. - Acrescenta ele olhando para as partes intimas de Eduardo antes de encará-lo por alguns segundo desaparecendo em seguida.

- Aí, que ciumento. - Retruca ele em frente ao espelho, enquanto afrouxa a gravata. - Ainda bem que ele não estava perto de você Duck. - Acrescenta ele fechando zíper, enquanto fala com o próprio pênis.

              Enquanto descia a escada, JP estava pensativo sobre a conversa com Eduardo minutos atrás, ainda irritado pelo que foi dito por seu companheiro, ele murmura irracionalmente devido ao ciúme, não notando a presença de Julian que tomava um gole de suco de laranja enquanto observava JP resmunga, o indagando:

- Bom dia, filho!

- Bom dia, pai! - Responde ele. - “Nenhum gatinho vai dar em cima de mim” - Sussurra ele repetindo a fala de Eduardo, deixando evidente seu ciúme.

- O que foi? Problemas no paraíso? - Pergunta Julian, passando geleia na torrada.

- É, eu estou quase mandando alguém para o paraíso. - Afirma JP, se servindo de um pedaço de bolo de cenoura.

- Ciúmes? - Pergunta Julian, mordendo a torrada. - Olha, não seja ciumento se não vai transformar esse relacionamento em um campo de guerra. - Afirma ele. - E, se não consegue confiar no seu parceiro, talvez seja melhor repensar se devem estar juntos.

- Eu sei pai. - Afirma JP, colocando um pedaço de bolo na boca. - Enfim, o Tavinho ligou mais cedo, e pediu que eu te avisasse que terá uma reunião as 08:30 na empresa. - Fala ele transmitindo a mensagem deixada por Otávio.

- Então eu vou subir e me arrumar. - Afirma Julian, limpando a boca com o guardanapo levantando-se da mesa.

- Até mais tarde pai. - JP fala despedindo-se, enquanto Julian deu-lhe um beijo na testa.

- Eu ganho um beijo também? - Pergunta Eduardo, descendo a escada.

- Cala boca. - Fala JP, pegando um pão de queijo e enfiando na boca de Eduardo o puxando em direção a porta.

- Tchau, sogro. - Grita Eduardo, depois de ter tirado o pão da boca

- Até garoto! - Responde Julian, os vendo se ausentar do ambiente subindo em seguida para o quarto para se arrumar.

Do desejo ao Acaso (BL)Onde histórias criam vida. Descubra agora