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Larissa 🧿

Eu trabalhava de babá numa casa de família, era apenas uma criança e ela era um amor, não dava trabalho, de segunda a sábado, mas no sábado até metade do dia.  Os meus patrões são suaves, mal vejo a mulher e o homem que é bem mais presente na vida do filho.

Após a janta, a Beatriz ficou com a louça, nossa mãe subiu pra o quarto e eu fui ajudar a Beatriz guardando a louça pra deixar tudo arrumado.

Beatriz: Não precisa mana, vai dormir que tu tá cansada.- Falou me olhando.

Larissa: Hoje o Heitor foi no médico, só fiz acompanhar ele, quando chegou ele foi dormir e eu fiquei esperando só o Roberto chegar pra poder vir.- Dei os ombros.

Beatriz: Ainda bem que de qualquer maneira ele nem da tanto trabalho assim.- Eu concordei.

Marcos: E aí gatinhas.- Dei um pulo assustada e a Beatriz também, ele fechou a porta sorrindo e eu neguei com a cabeça.

Beatriz: Tá fazendo o que aqui? Mete o pé, minha mãe tá dormindo e se ela acordar por causa de patifaria tua eu vou descer na porrada.- Falou puta.

Resumindo toda uma longa história, Marcos era o quase namorado da Beatriz, ele era mototáxi aqui no morro. Porém, era quase todo dia que a Beatriz escutava que ele tava traindo ela, ela se estressava fácil com isso, eu nunca tinha visto nada, nem ela. Mas não dou muita confiança a ele porque ela se deixa levar fácil, ou seja, as vezes fica na palma da mão dele.

Larissa: Tu não tá chegando em nenhum cabaré não, a casa não é tua. Então aprende a bater e perguntar se pode entrar.- Falei vendo ele me encarar.

Marcos: Foi mal. Bora trocar uma ideia, Bea.- Ela me olhou.

Beatriz: Espera aí, tô ocupada.- Coloquei o pano da louça no seu lugar e peguei meu celular da mesa.

Larissa: Vou subir, aproveita e termina tudo então.- Beijei a bochecha dela, me aproveitando pra sair.- Boa noite, mal educado.

Marcos: Boa noite Lari, desculpa.- Falou se sentando no sofá.

Subi as escadas indo pro quarto, nossa casa era pequena mas que dava pra sobreviver. Em baixo era a cozinha, a sala, o banheiro e a área de serviço, já na parte de cima era o dois quartos e outro banheiro, o suficiente para nós. Fora que meu quarto que era dividido com a Beatriz tinha uma mini varanda, era linda a vista que tínhamos.

Eu tomei meu bom banho e fui pro quarto, me troquei, depois de ajeitar minhas coisas do trabalho, peguei meu celular e me sentei na cama, quando eu fui apagar a luz pra deitar escutei um barulho e quase morri do coração com a janela abrindo do nada.

Crime PerfeitoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora