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Neguinho 🎲

Briga das duas e eu ia me meter? Que nada fi, no fim as duas se resolvem e depois eu que fico brigada com uma das duas, então só fiquei quieto observando, até o Heitor me abandonou pra ir com a Larissa, então eu fui pra casa me arrumar.

Não sabia como a Larissa se sentia em relação a mãe dela, a gente nunca chegou nesse assunto mas só pela casa dela e a forma de falar depois que a Beatriz citou a coroa, eu já senti que não era um bagulho fácil de lidar pra ela.

Mas é aquilo né, entendo a Bia porque é um bagulho chato tu tá fazendo uma coisa e todo mundo fala no teu ouvido sobre uma parada nada a ver, entendo a Larissa por se preocupar com a garota que ela chama de irmã, mas no final, não tenho opinião em nada, meu bagulho é ficar calado pra não sobrar pro menor.

Eu fui tirar um cochilo bem tranquilo porque sabia da demora que era pra ela se arrumar, então só descansei. Quando acordei foi com ela me ligando, olhei a hora e atendi tranquilo e calmo sabendo que tava no horário.

Lari: Ei meu bem, o Heitor pode ir com a gente?

Neguinho: Tu que sabe, porque depois a gente vai pro cemitério né, e ele?

Heitor: Eu fico no carro.- Falou rápido e eu ri.- Por favor, tio.

Neguinho: Tá menor, se resolve com a dona aí. Jaja eu chego aí, tô saindo do banho.- Falei pra apressar ela e ela resmungou desligando.

Me estiquei na cama e pulei pro banheiro. Tomei banho e nem me arrumei muito, só coloquei uma bermuda e uma blusa preta, tranquilo e calmo com o símbolo da nike, joguei um tênis. o pé e ainda enrolei um pouco pra sair. Quando cheguei, Larissa tava na calçada com o Heitor, ela tava com uma roupa que era algum bagulho macaco, algo assim, só sei que era preto e cobria o corpo todo.

Neguinho: Tá lindo com esse macaco ein.- Ela gargalhou ao entrar no carro.

Lari: Macacão.- Falou ainda rindo e eu olhei pro Heitor.

O moleque tava de bermuda preta e uma blusa vermelha de botão, lindao igual o irmão. Fui no shopping e o Heitor se animou, moleque parecia no parque de diversão, mas fui primeiro ao meu objetivo.

Fui numa loja de colchão e a Larissa ficou reclamando quando percebeu, a gente escolheu uma cama de casal pra ela e acabou que ela aceitou de boa, por conta do Heitor. Acabei comprando colchão novo pra Beatriz e pra Maria também, depois disso, ainda tava cedo pra gente ir pro enterro, mas eu me arrependi de trazer o Heitor quando ele quis entrar em toda loja de brinquedo que ia.

O moleque sempre foi acostumado a ter tudo que queria, Larissa me falou que tudo que ele olhava os pais compravam, mas comigo o bagulho era diferente. Eu deixava ele olhar tudo mas ficava só nisso, mandei ele escolher só um brinquedo que ele realmente queria, então ele ficou rodando a loja atrás enquanto eu fiquei de mãos dadas com a Larissa que olhava uns brinquedos.

Lari: Eu sei que você não quer dar muita coisa ele, mas ele tem que comprar umas roupas.- Falou soltando o brinquedo e me olhou.- Óbvio que não aqui, mas tem que ir com ele comprar.

Neguinho: Pô, não é que eu não quero, mas o moleque tá mimado demais. Fora que ele sempre tá brincando na rua com os moleques agora, então nem tem pra que gastar em brinquedo. Esse bagulho de roupa tu olha quando puder sair com ele, por enquanto compra lá pelo morro mesmo.

Ela concordou sem questionar e escutamos o grito do Heitor. Ele achou um brinquedo que era cheio de boneco e de carrinho, tudo num só. Olhei o preço e quase 400 reais, achei graça e ele só me olhou, não falou mais nada, porque eu ri quando vi.

Quando mandei ele pegar pra gente levar o moleque parecia em outro mundo, ficou na maior alegria e eu sorri de lado, a gente pagou e subiu pra praça de alimentação, enquanto ele queria abrir os brinquedos. Eu. falei que não sem muito papo, ele ficou quieto mas mal falou a boca e já começou a falar que queria comer, então a gente procurou um bagulho e se sentou pra lanchar.

Crime PerfeitoDär berättelser lever. Upptäck nu