Capítulo 11

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Olívia Miller

Henry me levou até o meu quarto como fez questão de dizer. Eu ainda estava extasiada pelo que fizemos no terraço do hotel e orgulhosa por ter gozado somente com penetração, coisa que nunca havia acontecido. Nós paramos na porta do quarto e nos olhamos cúmplices. Meio envergonhada, deslizei a mão pelo seu braço esquerdo e o homem sorriu com o carinho, deixando-me satisfeita.

— Já estou ansioso para vê-la amanhã. – pisquei incrédula.

— Nós nos veremos amanhã? – ele sorriu e passou a mão carinhosamente no meu rosto. Não respondeu a minha pergunta, apenas me puxou para um beijo longo e provocativo.

As mãos grandes deslizaram pelas minhas costas, parando na região das minhas nádegas e apertando-as com força. Soltei um gemido entre o beijo e foi o suficiente para me sentir excitada novamente. Henry colocou uma de minhas pernas na sua cintura e me prendeu contra a parede. O beijo foi ficando intenso e quente, já não respondia mais por mim, porém fomos atrapalhados pelo som do telefone. Henry me largou enraivecido e pegou o telefone do bolso, ao olhar no visor da tela, a cor do homem fugiu do rosto.

— Tá tudo bem? — Henry assentiu, guardando o aparelho no bolso novamente.

— Preciso ir, mas amanhã nos veremos, ok?

— Ok, estou aguardando. — Ele sorriu, beijando-me novamente.

— Boa noite. — Afastou uma mecha do meu cabelo, que caíra devido ao nosso beijo quente.

— Boa noite, Henry. — Abri a porta do quarto e o observei indo embora para só depois entrar.

Estava vazio, possivelmente ficaria assim até amanhã. Conhecendo minha melhor amiga, o pobre do Adam não teria sossego, já que Emily é bastante fogosa quando se trata de sexo. Me admirei quando Joe, um ex-ficante dela pediu arrego pelo telefone e terminou a relação por não aguentar as exigências da parceira. Ela não se abalou, mas cogitou a possibilidade de não fazer mais sexo, o que não durou por muito tempo.

Tomei um banho quente, vestindo-me com um camisola confortável e deitei em minha cama, pensando nas sensações gostosas que senti durante o sexo com Henry. Pensei em quando estivermos num quarto como esse, as coisas seriam quentes, excitantes e gostosas. O terraço foi só uma amostra do que eu podia conseguir na minha estadia aqui, não posso desperdiçar a chance de me divertir com um homem de verdade, já chega de me contentar com o pouco. Não tenho nenhum problema, como ouvi certa vez de um ex-namorado meu.

“Todas as mulheres gozam, você não. Qual é o seu problema? — Michael me olhava com certa indignação. Ele não entendia que aquelas mulheres que gozavam nos filmes eram pagas por isso e as vezes nem gozavam mesmo.

Não tenho nenhum problema, Michael. Não consegui gozar, acredito que seja normal.

Normal? Estamos juntos há um ano e você nunca gozou, Olívia. Precisa procurar o médico urgente! — Será que estou doente? Que tenho realmente problemas? Não é possível que ele esteja certo”

Pensei por muito tempo que o problema era comigo, mas quem tinha problemas era ele. Eu consigo gozar, ora! Como gostaria de jogar isso na cara daquele brocha, mas posso me contentar imaginando sua reação.

Na manhã seguinte, acordei cedo e disposta. Tomei um banho, me arrumei e desci para tomar café. Por ser sábado, o hotel estava lotado, deve ser por conta dos jogos de cassino. Assim que passei pela recepção, Diana me chamou.

— Olívia! Podemos trocar uma palavrinha?

— Claro, aconteceu alguma coisa? — Perguntei, um pouco receosa.

— Estão comentando que você e o Sr. Bianchi estão se conhecendo melhor. Preciso lembrá-la das regras do sorteio? – antes que eu pudesse respondê-la, senti mãos grandes no meu ombro, assustando-me um pouco.

— Algum problema, senhorita Rossi? – era a voz dele. Olhei rapidamente para trás e Henry sorriu ao me ver.

— Problema nenhum, Sr. Bianchi. Estou apenas conversando com a senhorita Miller.

— Miller? Pensei que fosse Bueno. – Henry me olhou desconfiado.

— Podemos conversar sobre isso depois? Estou faminta.

— Claro, como quiser. — me ofereceu seu braço, aceitei e andamos em silêncio até o restaurante.

Me servi com uma torta de limão e um copo generoso de suco de maracujá, Henry pediu café sem açúcar e me convidou para sentarmos em uma mesa mais distante das outras.

— Hoje haverá jogos no cassino, gostaria que me acompanhasse. Sou um bom jogador. — disse convencido, bebericando o café.

— Que legal, pode contar comigo.

— Tem uma surpresa indo para a sua suíte neste exato momento. Peço que use hoje à noite, se for da sua vontade. — Fiquei sem jeito com o que ele disse, porém sorri em resposta. Surpresa? Henry estava me dando presentes? Porquê?

Dei uma garfada na torta e levei até a boca, acabei sujando-a com o chantilly e Henry percebeu.

— Sou bem desastrada. — Passei o dedo onde estava sujo e levei-o até a boca.

— Não imagina o que pensei com esse gesto seu. — sua voz rouca me arrepiou. Endireitei-me na cadeira e Henry mudou de lugar, sentando-se ao meu lado.

— O que pensou? — sussurrei.

Ele ficou em silêncio e em seguida pousou sua mão na minha perna. Fiquei um pouco envergonhada, com medo de alguém nos ver, mas Henry era esperto. A mão deslizou até minha coxa e lentamente parou em minha calcinha — maldita hora para usar vestidos – os dedos foram parar no forro da calcinha, acariciando com cuidado, deixando-me com o coração acelerado.

— Henry, o que está... — Não consegui completar a frase, pois o bendito enfiou a mão dentro da calcinha. Ótimo, estou ferrada!

Henry juntou os dedos indicador, o do meio e o anelar fazendo movimentos circulares um pouco acima do clitóris. Fechei as pernas, porém com a outra mão ele praticamente me arreganhou. Oh céus, esse homem vai acabar comigo! Excitada e sentindo a calcinha umedecer, o instiguei para fazer o serviço completo, Henry desceu os dedos até o ponto sensível fazendo uma pressão discreta e mantendo os movimentos circulares. Estava tão gostoso... Não podia nem acreditar que aquilo realmente estava acontecendo, justo no meio de um restaurante. O dedo deslizou para a minha entrada, tive que morder os lábios para não gemer. Henry começou a movimentar o dedo com mais rapidez e logo pude sentir as primeiras contrações do orgasmo. Fiz uma força surreal para não gemer. Gozei gostoso de uma forma inexplicavelmente única.

— Você é muito safado, sabia? — Falei ofegante, ainda sentindo as sensações do orgasmo.

— Estou te desejando um bom dia. — Tirou a mão da minha calcinha e levou até a boca. — Seu gosto é magnífico, quero prova-lo melhor mais tarde. — sorriu cafajeste.

Caminhos QuebradosWhere stories live. Discover now