Capítulo 53

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Olívia Miller

Henry finalmente tinha chegado na cidade e confesso que estou bastante ansiosa com a proposta que ele me propôs alguns dias atrás. A princípio, resolvemos jantar e conversar a respeito, ele fazia questão de me perguntar algumas coisas em relação ao nosso futuro jogo e eu como curiosa que sou, aceitei. Enquanto me arrumada na frente da minha penteadeira, notei a presença de alguém.

— Você vai sair? — Monique entrou em meu quarto e eu a olhei com repreensão.

— Não deve se levantar a toa. O médico pediu repouso absoluto! — caminhei até ela e a coloquei sentada na cama.

— Não levantei a toa. — revirou os olhos.

— Ah, é? Então me diga o que aconteceu. — sentei ao seu lado e percebi que ela estava preocupada.

— Nós estamos devendo dois milhões de dólares ao dono do container, Oli. Ele entrou em contanto comigo e exige uma explicação! Já faz algumas semanas do roubo e não tivemos nenhuma pista de onde ele está.

— E nem teremos. — bufei irritada. — Ok, peço que Louis entregue o dinheiro nas mãos desse homem o quanto antes.

— Você é ingênua e muito boba. — segurou minhas mãos. — Nós temos uma reputação por toda a Itália e seus arredores. Se o assunto do roubo espalhar, seremos excluídas das negociações e nosso negócio irá falir.

— Isso me parece ruim, mas não temos o que fazer! Eu não imagino onde esteja o bendito container com a droga e... Don Expedito mandará mais produtos na semana que vem. A produção não irá parar, contratei outras pessoas, Louis está cuidando de tudo. Não podemos simplesmente achar que seremos derrotadas por um qualquer, a nossa família já está há muito tempo no ramo. — tentei amenizar a situação.

— Espero que tenha razão. Não estou podendo trabalhar, não conseguirei ir nas reuniões com o fornecedor e sabe bem o quão chato ele é com certas coisas. Você precisa ser firme e um pouco maldosa. — levantou da cama.

— E eu serei, do jeitinho que você me ensinou. — sorri mesmo não tendo certeza do que falei.

— Boa noite. — ela desejou antes de sair.

Voltei a me arrumar e prometi a mim mesma que esse assunto não iria me abalar, pelo menos não essa noite.

"Estou aqui embaixo. Venha antes que notem que sou um Bianchi"

Ri baixinho com a mensagem, peguei a minha bolsa e saí em disparada a saída de casa. Entrei no carro e Henry nem me cumprimentou, já foi logo enfiando a língua na minha boca.

— Você está quente. — brinquei, sentindo seus beijos descerem pelo meu pescoço, contornando a pele sensível com os lábios macios.

— Passei a viagem pensando em nosso próximo jogo. Tenho vários em mente, sei que vai gostar. — ele colocou a mão na minha perna esquerda e apertou com força, causando-me arrepios.

Nossos lábios se chocaram novamente, dessa vez mais lento do que o primeiro. O beijo era profundo e excitante, as línguas brincavam, imitando gestos obscenos, minha intimidade pulsou ao imaginar certas coisas e a vontade de subir em cima dele quase me dominou.

Caminhos QuebradosWhere stories live. Discover now