Capítulo 68

100 18 0
                                    

Henry Bianchi

Eu estava tão contente por finalmente ter Olívia em minha vida, sem obstáculos algum, finalmente estou indo de encontro a vida que quero. Mas, como nem tudo é perfeito, ainda tínhamos que descobrir quem era a mulher que visitava meu pai antes dele ser diagnóstico com alzheimer. Sabemos que Giancarlo já tinha idade, mas não a ponto de ter essa doença precocemente, Paola acreditava que se tratava de uma vingança, já eu, bom, não sabia bem o que pensar.

Depois de alguns dias resolvendo questões de trabalho em Miami, finalmente desembarquei na Itália. Não avisei a Olívia, pois primeiro tive que ir ao encontro de minha irmã caçula. Ela me esperava na mansão e assim que cheguei, não esperamos mais nada e fomos a caminho de clínica onde meu pai estava.

Era um lugar afastado da cidade, bem assegurado e contávamos com tudo o que nosso pai precisava. Durante o percurso, Paola estava pensativa, não a incomodei, me mantive quieto.

Chegamos à clínica, fizemos tudo o que tínhamos que fazer na entrada e fomos para um pátio onde nosso pai estava sentado, observando o céu azul daquela manhã. Ele parecia melhor do que antes.

Papà? — Paola o chamou e ele prontamente virou-se para olha-la.

Mia figlia... — levantou-se e correu para abraça-la.

Aquilo realmente foi uma surpresa e tanto. Não sabíamos quanto tempo tínhamos com ele lúcido, então não demoramos a começar o interrogatório.

— Nós viemos aqui porque precisamos saber de uma coisa... — sentei em um banco.

Os dois fizeram o mesmo. Há algum tempo, quando Carlota estava no spar, ela me deu o endereço do homem que prometeu vida em abundância para o meu pai, caso ele entregasse o meu primogênito. Eu o procurei, mas não tinha ninguém na casa em questão, o homem desapareceu completamente. Agora, Carmem me diz se tratar de uma mulher, até que ponto meu pai foi? Ainda estou tentando reerguer a fortuna perdida por ele.

— O que aconteceu? — questionou calmo.

— Eu soube que o senhor estava recebendo visitas de uma mulher enquanto ainda morava na mansão. Pode me falar quem é? — questionei, encarando o seu rosto.

Giancarlo fez uma expressão estranha, como se tivesse se assustado com alguma coisa.

— Não sei do que está falando, não me encha com conversinhas! — dessa vez, ele me olhou bravo, com raiva.

— Papai, nós precisamos saber! — Paola interferiu.

Giancarlo levantou da mesa e começou a gritar socorro, assustando-nos com aquela atitude. Os enfermeiros vieram e o pegaram de forma que ele não agredisse ninguém. Paola começou a chorar desesperada por vê-lo assim e meu coração partiu apesar de tudo.

— Eu jamais pensei que fosse ver o nosso pai assim. — minha irmã disse ao sairmos da clínica.

— Me sinto da mesma forma. — confessei, me sentindo exausto. — Pensei que poderíamos conseguir algo, mas vejo que é impossível.

— Espero que ele possa se curar algum dia. — me abraçou de lado.

— Eu também. — murmurei e beijei sua testa em seguida.

Caminhos QuebradosWhere stories live. Discover now