Imagine Girls - 1

Yelena Belova

Quando eu sair da base dos Vingadores a alguns anos atrás, eu não imaginava voltar pra ela depois de ter meu apartamento invadindo por uma garota loira que estava me encarando a uns vinte minutos do outro lado da mesa.

Eu já tenho uma ideia de o porquê tô aqui, acontece que Nick Fury não pode simplesmente me ligar e pedir pra eu vim, ele precisa mandar uma agente atrás de mim, brincadeira viu.

A garota parecia estar em uma missão de ficar olhando pra mim sem piscar, era assustador.

– Então... O Fury vai demorar muito? - pergunto depois de um tempo em silêncio, eu não sei se ela ainda vai tentar me matar.

– Eu já sei, quando ele chegar você vai saber - ela respondeu com indiferença, ainda sem desviar o olhar de mim.

Concordei com a cabeça e fiquei olhando em volta da sala enquanto batucava os dedos na mesa.

– Você é nova na equipe, né? - resolvo puxa assunto, vai que ela fica boazinha e pelo menos para de olhar pra mim parecendo que vai me matar.

Ela afirma com a cabeça, sem dizer uma palavra.

– Gostei da sua jaqueta, ela parece muito prática.

Quando eu falo isso parece que ela saiu de um transe, então começou a fala.

– Ah, ela é, ela já tinha vários bolsos sabe, mas aí eu resolvi colocar mais alguns... - e a partir daí a gente começou a conversar, sobre tudo, jaquetas, motos, alguns lugares que já fomos, e eu descobri que ela é irmã adotiva da Natasha.

Eu nem vi as outras passar depois que a conversa começou, mas um bom tempo depois Nick logo apareceu.

– McGrant, que bom que veio - o homem alto e careca fala, depois se senta de frente pra mim, Yelena saiu depois que ele entrou.

– Fury, achei que nunca mais ia olhar pra esse seu tapa olho - ela nega com a cabeça e solta uma lufada de ar - parece cansado.

– É, acho que estou um pouco, mas não estamos aqui pra falar disso - ele dar uma pausa na sua fala, tempo suficiente pra Maria Hill entrar na porta, isso até pareceu ensaiado - o problema que você tinha nos avisado, ele tá prestes a virar um enorme problema, e precisamos da sua ajuda.

Olho pra ele desconfiada, não é normal uma agência do governo simplesmente admite que errou.

– Achei que o Stark e o Banner pudessem resolver qualquer problema, incluindo esse, foi o que você disse.

– Eu sei, mas acontece que isso tá maior do que imaginávamos, então a gente precisa de você - ele me olhou com certa expectativa, desviei meu olhar pra Maria que parecia bem atenta a nossa conversa e ela me entregou uma pasta - isso é tudo que sabemos sobre ele até agora, acho que você vai gostar de estudar isso.

Peguei a pasta e comecei a ler, nela já tinha informações que eu já tinha uma noção do que era, e outras que me surpreenderam um bocado.

– Tá bom, eu tô dentro, mas próxima vez que você manda uma agente invadir meu apartamento, eu usar meus projetos em você.

Depois da nossa conversa fui mandado pra meu "novo quarto" pelo menos temporiamente, tomei um banho pra ir começar a estudar mais sobre o assunto até ouvir batidas na minha porta, quando abrir dei de cara com uma loira que eu já conhecia bem.

– Olha só, você sabe bater e respeitar privacidade - me encostei no batendo da porta, cruzando os braços sobre o peito.

Ela revirou os olhos e meu deu um pequeno tapa no ombro.

– Você devia para de me bater, Belova.

– Eu paro quando eu quiser - ela falou convencida, dando de ombros - mas enfim, eu vim saber se você quer companhia, sabe, pra conhecer o lugar.

Ela perdeu totalmente a postura de confiante quando começou a fala, seu rosto tomando uma cor mais avermelhada. Eu sorri de lado e passei a mão pelo meu cabelo e rosto, tentando desfaça o sorriso.

– Eu já conheço a base, Lena, fiquei muito tempo aqui - ela pareceu um pouco surpresa com a informação, concordando com a cabeça e se virando pra ir embora, então puxei ela pra olhar pra mim de novo. – mas se isso for você querendo passar um tempo comigo, eu posso fazer um esforcinho pra acompanhar você.

– Ei, eu não quero passar tempo com alguém chato como você.

– Ah, não? Então eu vou volta pra dentro, até, Lena - fiz menção de entra no quarto porém fui parada por ela.

– Mas algumas coisas mudaram por aqui, talvez você não conheça tudo agora, então eu acho melhor a gente ir - ela falou em um tom de voz mais baixo, e sem olhar pra mim.

Eu sorri de lado e sai do quarto, fechando em seguida.

– Certo, você me convenceu, Belova.

E valeu a pena o passeio, principalmente o que veio depois dele.