Rosamaria Montibeller

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- Amor, estamos atrasadas - escutei minha namorada - o que você tá fazendo? - ela perguntou olhando pra mim, eu virei pra olhar pra ela e bufei, voltando a olhar pro espelho.

- Tô tentando esconder isso - apontei pras marcas roxas no meu pescoço, ela riu, se aproximou e me abraçou por trás - É sério, Rosa, você não pode fazer isso toda vez, como que eu vou sair na rua depois? - falei indignada, tentando me afastar do seu aperto.

- Desculpa, linda, mas eu não resisto - ela me virou pra ficarmos de frente, eu olhava pra ela com tédio - por mim você saia assim - a mais alta deu de ombros e tentou me beijar, mas eu desviei da sua investida, deixando ela emburrada.

- Se eu sair assim é capaz de prenderem você achando que você me espanca - me afastei dela, voltando a cobri meu pescoço com maquiagem.

Vi pelo reflexo ela revira os olhos e saí do banheiro, demorou um pouquinho, mas consegui esconder as marcas, saindo do cômodo e encontrando Rosa deitada na cama.

- Vamos? - chamei, ela levantou a cabeça pra olhar pra mim, sorrindo de lado, ela se levantou e estendeu a mão pra mim.

Saímos de mãos dadas pelo corredor do hotel, até chegamos no térreo, onde tinha o restaurante que íamos jantar.

Nós resolvemos viajar antes da temporada de vôlei começar, já que eu teria que voltar pro Canadá e Rosa iria pro Brasil pra jogar na seleção. Eram poucos os momentos que nós podíamos ficar sozinhas e no nosso próprio mundinho, então tínhamos que aproveitar bastante.

Nosso jantar foi divertido, eu sempre fazia alguma piada que ela achava graça, apesar de não ter graça nenhuma, e ela sempre tava flertando comigo, como se já não tivesse me conquistado.

Depois de sair do restaurante resolvemos andar um pouco pelos arredores do hotel, esse que ficava perto da praia então a vista era maravilhosa.

Minha namorada me puxava pela mão até uma pequeno píer que tinha lá, nós paramos e ela me abraçou por trás, percebi que ela gosta bastante disso.

- Sabe quando você tá vendo a coisa mais surpreendente que seus olhos já viram, aí você pensa que esse momento não valeu tanto a pena porque tava faltando algo? - eu disse, depois de um tempo em silêncio, Rosa riu e respondeu.

- Isso foi muito específico, mas sim, eu sei do que você tá falando.

- Então, eu me sinto muito assim quando você não tá por perto, em qualquer situação, na verdade - eu terminei de falar, sentindo seu aperto mais forte, mas sem machucar, pelo o contrário, era bem aconchegante.

- Eu também - ela suspirou, a mais alta me soltou e entrou na minha frente, pegou meu rosto nas suas mãos e me deu um selinho, me fazendo sorrir - não vejo a hora de passar todos os dias da minha vida com você.

- Tá parecendo que você vai me pedir em casamento - eu disse com humor, desviando o olhar quando ela colocou a mão no bolso do casaco e tirou uma caixinha de lá - amor...

- Eu sei, se acalma - ela segurou minhas mãos, acariciando elas e dando um selinho na minha testa - eu sei que nossas vidas são uma correria, que cada uma tem sua carreira pra cuidar, que não temos tempo suficiente juntas, mas eu sei que uma hora isso vai se ajeitar, e que nós vamos dar mais um passo juntas, ok? - ela me perguntou atenciosa, eu já não conseguia esconder minhas emoções e tenho certeza que minha voz sairia embargada, então só balancei a cabeça concordando com ela - estamos juntas a três anos e eu quero prolongar isso pro resto da minha vida, então, você aceita casar comigo? - a brasileira abriu a caixinha mostrando duas alianças, as duas finas com uma pequena pedrinha brilhante em cima.

Minha visão já estava meio turva pelas lágrimas, sentia meu coração batendo a mil por hora dentro do meu peito e a minha atenção só conseguia se focar na minha namorada - noiva - olhando pra mim um pouco apreensiva.

Eu puxei ela pra um abraço, sussurrando vários "sim's" no seu ouvido, ela me agarrou pela cintura apertando ainda mais nossos corpos em um abraço.

Nós ficamos um tempo assim até nos afastamos, ela pegou minha mão tirando uma aliança da caixinha e colocando no meu dedo, deixando um beijinho em seguida, eu fiz o mesmo com ela, só que puxei ela pra um beijo no final.

- Eu te amo, muito - sussurrei ainda perto da sua boca.

- Eu também te amo, minha noiva - ela disse, me fazendo ri, roubei um outro beijo dela antes da morena se afastar e me olhar com um sorrisinho malicioso - acho que a gente devia comemorar da melhor maneira.

- Ah é? E que maneira seria essa? - perguntei, devolvendo o sorriso pra ela, como se eu não soubesse a resposta.

- Bom, envolve você e eu sem roupa, quer testar? - respondeu atrevida, me puxando em direção ao hotel.

- Não perderia essa chance.

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Isso era pra ser um pedido de casamento? Não

Era pra ser um hot? Sim

Só um mata leão dessa mulher, eu morreria feliz

Mas eu não sei o que ando escrevendo esses dias, então foda-se também.

Até a próxima galera 🤙

Imagine Girls - 1Where stories live. Discover now