Lena Luthor

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– Entregue, senhorita Luthor - estacionei o carro em frente ao prédio da morena, ela olhou pra mim e deu um suspiro - tudo bem?

– Sim, eu só tô criando coragem - franzi o cenho com a sua resposta - bem, é, você quer subir? - ela me perguntou, me pegando de surpresa.

– Bom, depende pra que eu vou subir - joguei o verde pra mulher.

Digamos que nós duas somos muito lentas, a gente se conhece a um tempo por ela ser amiga da minha irmã Kara, e desde que a gente se conhece temos alguns momentos de flertes e provocações, mas sempre que tá pra acontecer alguma coisa alguém aparece ou algo acontece, e isso é frustrante, e a minha intenção ao me oferecer pra trazer ela pra casa era justamente arrumar isso.

A morena me mandou aquele olhar que fala "eu sei o que você tá fazendo" junto com um sorrisinho de canto, que automaticamente me fez abrir um malicioso.

– Você sabe muito bem pra quê - ela se virou, olhando pra mim bem de perto, descendo o olhar pelo meu rosto, até chegar na boca.

– Acho melhor a gente apressar isso - eu sussurrei, levando minha mão até sua nuca e a puxando pra mim, já estávamos envolvidos em algo que nem aconteceu, mas tinha que acontecer alguma coisa pra atrapalhar.

Os nossos celulares tocaram em sintonia, fazendo nós duas nos assustamos e nos afastar de imediato.

Eu soltei um suspiro me encostando completamente no banco do carro, peguei o celular e vi que era Alex, eu mereço.

Lena me mostrou a tela do seu celular e também era a ruiva, então eu atendi o meu celular e a morena desligou o dela.

– Alex, aconteceu algo? - a mais velha questiona.

– Espera, esse não é o telefone da Remy? - se podia ouvir o tom de confusão na sua voz.

– E é, mas eu vim deixar a Luthor e você ligou justamente quando chegamos no apartamento dela - respondi.

– Ah, então aproveita e traz ela aqui pra torre, aconteceu um imprevisto e precisamos dela aqui.

– Só precisa dela? E eu? - pergunto ofendida.

– Você também pode vim, se apressem - ela desligou antes da gente responder, coloquei o celular no porta luvas e liguei o carro.

O caminho foi feito em um silêncio constrangedor e uma tensão que poderia ser facilmente cortada com uma faca. Quando chegamos na torre eu mal parei o carro e Lena já estava saindo dele, estacionei o automóvel e seguir o mesmo caminho de sempre.

Alex tava na porta do elevador quando eu saí e a gente começou a ir rumo a sala de reuniões.

– Você parece frustada, atrapalhei algo? - ela me perguntou com um tom de provocação na voz e com sorriso zombateiro no rosto.

– Estragou, nunca mais te perdôo por isso - disse em um tonalidade neutra.

– Vocês vão ter outras oportunidades.

– Esse é o problema, oportunidade tem, mas sempre acontece algo pra atrapalhar, é decepcionante - desabafei com minha irmã mais velha, e ela só riu e negou com a cabeça, a vagabunda ri do meu sofrimento.

– Acho que vocês perdem oportunidade porque querem, é só tasca um beijo nela que o tempo passa voando - ela "me aconselhou" e entrou na sala que todo mundo tava reunido.

Sentamos pra resolver o problema, e esse problema durou quatro dias.

Foram quatro dias da Lena não olhando pra minha cara e evitando o máximo trocar palavras comigo. Eu devo ter metralhado a cruz pra merecer um negócio desse.

Eu aproveitei que tava saindo do trabalho e que a cidade tava calma pra passar em uma lanchonete e comprar alguns lanches, e foi até a casa da Luthor, duvido ela me recusar agora.

Toquei a campainha e esperei um pouco até a porta ser aberta por ela, a morena mordeu o lábio inferior e se encostou no batendo da sua porta.

– O que tá fazendo aqui?

– Uh... Eu tava passando por aqui e pensei se não seria uma boa ideia vim até aqui - sorri meio nervosa e levantei a sacola do lanche até a altura do seu rosto - e trouxe batata frita.

– Isso é golpe baixo - ela forma um biquinho nos lábios, pega a sacola da minha mão e me dar passagem pra entrar no seu apartamento.

Eu fechei a porta atrás de mim, e fui com a mais velha até a bancada da sua cozinha.

– Eu queria conversar com você, pode ser? - pergunta receosa, me sentando em um  dos banquinho. Ela afirmou com a cabeça, colocando uma batata na boca, fofa - bom, a gente não se fala desde daquele dia, e eu queria saber se fiz alguma errado pra você está chateada comigo.

Ela parou e me olhou, parecendo me analisar um bocado, por fim ela baixou a cabeça e soltou um suspiro.

– Me desculpe, é que a gente tá nisso a um tempo e eu fico pensando se realmente é pra acontecer, já que tudo parece conspirar contra a gente.

A morena falou tudo de uma vez, e eu levei um tempo pra entender o que ela tinha falado, mas depois de entendido eu estendi minha mão pra ela, a mesma segurou e eu a puxei pra mim, pondo minhas mãos na sua cintura, ela circulou meu pescoço com seus braços e sorrio de lado.

– Eu também acho isso, mas... - faço uma pausa dramática, olhando pra ela e fitando seu rosto, principalmente sua boca, me aproximei e roubei um selinho dela - também acho que tudo tem um tempo certo, e se não tivesse um tempo certo pra gente, eu faria o impossível pra conseguir ele - terminei de fala, e ela me olhava com um sorriso meio bobo, ela me deu um selinho e um beijo na minha bochecha.

– Isso foi bem fofo - ela passou a mão pelo meu rosto, circulando meus lábios com a ponta do seu dedo, a gente ia se aproximar de novo quando o meu telefone começou a tocar.

Ela já ia se afastar quando a puxei mais pra perto de mim e acabei com a distância entre a gente, colando meus lábios no seu de um jeito gentil, mas um pouco afoito, passando meus dedos pela sua cintura e apertando um pouco, adentrei o moletom que ela tava usando tocando sua pele de uma forma mais íntima, isso fez a morena soltar um gemido, dando passagem pra minha língua explorar sua boca.

Nos separamos por falta de ar e ela encostou seu testa no meu ombro.

– Eu odeio telefones - ela sussurrou ofegante.

Eu soltei uma risadinha e neguei com a cabeça.

– A gente devia fazer um acordo - comentei, ela levantou a cabeça e murmurou pra eu continuar a falar - quando tiver só a gente, e tivemos fazendo algo bem importante - dei um pausa na fala pra deixa um selinho na sua boca, ela sorriu com isso - a gente vai silenciar o telefone - eu falei em um tom sério e ela negou com a cabeça.

– E se o mundo acaba porquê a gente não atendeu o telefone? - ela questionou.

– Bom, pelo menos nós vamos está juntas no fim do mundo - dei de ombros.

Ela balançou a cabeça e mordeu o lábio, acompanhei sua ação com meu olhar e ela pareceu gostar disso.

– Negócio fechado.

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*Sem revisão*

Eu tô com sono, então provavelmente tem muitos palavras erradas, mas é isso, bom dia, boa tarde e boa noite.

Imagine Girls - 1Where stories live. Discover now