Camila Mendes

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Saí do estabelecimento com uma garrafa de vinho escondida no meu sobretudo e uma carteira de cigarro no bolso, pegando meu celular pra checar as horas, sorri de lado quando vi a mensagem dela perguntando aonde eu estava, respondi um rápido "eu tô chegando" e seguir meu rumo até sua casa.

Parei ao lado da casa de dois andares e assobiei, Camila colocou metade do corpo pra fora e acenou pra mim sorrindo, eu subi por uma escada que tinha alí perto e entrei pelo janela no quarto da morena, ela me recebeu com um abraço e um selinho rápido.

– Por que demorou tanto? - ela me questionou, e eu sorri de lado, tirando do sobretudo a garrafa de vinho e levantando na altura do seu rosto, e ela balançou a cabeça com um sorrisinho de canto - você é doida.

– É, mas eu sei que você gosta, amor - passei um braço pela sua cintura, trazendo ela mais pra perto e deixando um beijo na sua boca - ah, também tem uma coisa - coloquei a garrafa em cima da mesinha dela e tirei a carteira de cigarro do bolso - você me ensina a fumar?

– Não sei se isso é uma boa ideia - ela diz um pouco receosa, mas eu fiz uma carinha triste e ela revirou os olhos - tá bom, mas não é pra exagerar.

Ela tirou a caixinha da minha mão e pegou um isqueiro em uma das suas gavetas, eu tirei meu sobretudo ficando só com uma camiseta, ela se sentou no parapeito da janela e me chamou com o indicador, eu peguei o vinho e fui até ela, me sentando ao seu lado.

A mais velha tirou um cigarro, acendeu e entregou pra mim.

– Você vai pôr na boca, puxa o ar pra dentro e depois soltar, é fácil.

Eu balancei a cabeça e peguei da mão dela, fazendo o que ela mandou, mas acho que não deu certo já que eu me engasguei. Ela riu de mim e tirou o cigarro da minha mão, inalou ele e se aproximou do meu rosto, soltando a pouca fumaça em mim.

Eu não sei o que era, mas ela parecia muito mais atraente assim, o cabelo solto bagunçado por causa do vento, os lábios vermelhos pelo vinho que ela bebeu, os olhos pareciam mais leves também, ela estava linda.

Eu peguei o vinho e tomei alguns goles, minha garganta queimando pela bebida barata me fez fazer um careta, quando olhei pra ela a mesma estava sorrindo pra mim, quando afastei a garrafa da minha boca ela me estendeu o cigarro.

– Tenta de novo.

Suspirei e fiz o que ela mandou, só que dessa vez fiz com mais calma, e deu certo, quando soltei a fumaça ela colocou uma de suas mãos na minha nuca e me puxou pra um beijo.

Sua boca estava com o gosto amargo da bebida, misturado com o hálito de cigarro dava um toque a mais no nosso beijo.

A gente se afastou de repente com batidas na porta, eu bati a cabeça no batente da janela, ela pegou a garrafa de vinho e escondeu no guarda roupa, fazendo o mesmo com o cigarro, apagando e jogando pela janela o que tava acesso.

– Filha, tá tudo aí? - a mãe dela continuava a bater na porta.

– Tá sim, só tô me vestindo, um minuto - a morena falou alto pra mulher atrás da porta ouvir - você, embaixo da cama - ela sussurrou pra mim, e eu obedeci.

Eu escutei a porta abrir e os pés da mãe dela por baixo da cama.

– Que cheiro é esse? - a mais velha questionou.

– Ah, é uma essência nova que eu comprei, mas não curti muito - ela respondeu - a senhora precisa de alguma coisa?

– Ah sim, seu pai e eu vamos visitar seus tios, talvez voltaremos um pouco tarde, seu jantar está no microondas, tudo bem?

– Claro, sem problemas, dêem um oi pra eles por mim.

– Certo, querida, boa noite - a mulher saiu do quarto e Camila fechou a porta, eu sai de baixo da cama e me joguei sobre ela sorrindo de lado.

– Que aventura, hein.

Ela suspirou e veio até mim, sentou no meu colo, com uma perna em cada lado meu, e passou os braços pelos meus ombros, me abraçando.

– A gente nunca mais faz isso - ela sussurrou, beijei seu pescoço e murmurei.

– Na adrenalina que é bom.

Ela me deu um tapa no ombro e me empurrou.

– Idiota - ela levantou e foi até a janela, viu alguma coisa e logo em seguida fechou – meus pais já saíram...

Ela sorriu malicioso e parou na minha frente.

– Alguma ideia do que a gente pode fazer? - ela me perguntou, eu balancei a cabeça.

– Dança pra mim?

Ela sorriu de lado, pegou o meu celular que tava mais próximo e pareceu escolher uma música, alguns instantes depois Feelings da Hayley Kiyoko começou a soar pelo auto falante do celular, ela deixou o objeto de lado e veio até mim, colocou suas mãos nos meus ombros e começou a beijar meu pescoço, massageando com a mão aonde ela deixava selares mais fortes.

I'm sorry that I care, care
I'm sorry that I care, care
It's really not that fair, fair
I can't help but care

Ela deslizou as mãos pelos meus braços, deixando um último chupão no meu pescoço, a morena se afastou um pouco e jogou o cabelo pra trás, dava pra ver suas bochechas vermelhas e seus olhos com as pupilas dilatadas, ela passou uma mão do pescoço até a altura do seu abdômen, enquanto isso balançava a cintura no ritmo da musica, movimentando os braços por suas coxas e quadril.

I over communicate
and feel to much
I just complicate it when
I say too much

I laugh about it,
dream about that casual touch
Sex is fire,
sick and tired of acting all tough.

Ela virou de costas, olhando pra mim de e pousando suas mãos acima da sua bunda, o que me fez desse o olhar pra quela região, ela sorriu e veio até mim, se sentando em cima de mim.

A morena aproximou o rosto do meu, fazendo um carinho no meu rosto com o nariz, seus lábios próximos aos meus, mas ela não me beijou, eu tentei tomar sua boca pra mim, mas ela afastou o rosto.

– Você tem que ser mais paciente - ela sussurrou, beijou meu maxilar e foi subindo até minha orelha, onde mordeu o lóbulo da minha orelha, me fazendo soltar um pequeno gemido.

Ela deslizou uma das mãos pra debaixo da minha camiseta, causando arrepios em mim.

– Vamos aproveitar bem a noite, amor.

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Esse capítulo é inspirado na música Dança pra mim - Jão, muito boa, é isso, vote, comente e até a próxima. 🤠

Imagine Girls - 1Where stories live. Discover now