Maria Hill

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Minhas mãos suavam em nervosismo, parecia que o elevador nunca mais pararia, já tô a quanto tempo aqui? Duas horas? Provavelmente duas minutos.

Eu estava ansiosa pra ver Maria depois de ter passado três semanas fora em missão, quando cheguei na base da SHIELD a morena não estava, então resolvi vim até seu apartamento.

Quando o elevador finalmente parou no andar dela, eu sair e andei apressadamente até o apartamento, batendo três vezes na porta e esperando ela atender.

Só que não foi ela que atendeu, foi um cara loiro sem camisa e com um sorriso idiota no rosto, eu estranhei e conferir o número da porta de novo, eu não errei a casa.

– Posso ajuda? - o homem perguntou.

– Maria estar? - devolvi outra pergunta, ele olhou pra dentro do apartamento e afirmou com a cabeça.

– Ela estar no banho, quer esperar?

– Não - sussurrei, antes de me virar e voltar pro elevador, mas voltando a olhar pro homem, um pouco distante dessa vez - o que você é dela? - perguntei, torcendo internamente que fosse um irmão que ela nunca tinha me dito.

– Bom, acho que namorado - ele respondeu, dando de ombros e com um sorriso no rosto, eu concordei e voltei a andar.

Meu peito doía pra caralho, ainda com a cabeça confusa pela informação que recebi.

Me apoiei na parede metálica do elevador, sentindo uma parte do meu corpo falhar e minha respiração ficar pesada, tudo dentro de mim parecia que estava entrando em combustão.

As portas se abriram e eu consegui saí, ainda meio grogue e com a visão meio turva, quando cheguei no meu carro tudo que tava preso no meu peito saiu, as lágrimas, os questionamentos e toda minha insegurança.

Demorei um pouco pra ter condições de dirigir até em casa, eu só queria sumir e não senti mais essa dor.

Quando passei pela a porta minha irmã olhou pra mim com um sorriso, mas não demorou pra isso mudar quando viu meu estado.

Ela se aproximou, me puxando até o sofá e deitando minha cabeça no seu colo.

– Ei, pequena, o que aconteceu? - ela sussurrou no meu ouvido enquanto me fazia um cafuné.

Sua pergunta ecoou pela minha cabeça e quando percebi meu choro já saia sem eu controlar.

Natasha me abraçava e fazia com cafuné em mim, e ficamos assim até meu choro cessar um pouco.

– A Maria... - eu sussurrei, com o rosto enterrado da curva do seu pescoço - ela tem outra pessoa.

Eu senti seu aperto aumentar depois dessas palavras, ela deixou um beijo na minha testa, continuando com o cafuné.

– Eu não entendo, Tasha, não posso ser tão ruim a esse ponto - falei com a voz embargada e rouca, minha garganta estava doendo e tava difícil até de respirar.

– Você não é ruim, tá legal? Você é incrível, inteligente, bonito, simpática, engraçada, ela que foi estúpida de ter feito isso com uma pessoa maravilhosa como você - a ruiva falou enquanto olhava pra mim, ela beijou minha testa mais uma vez, voltando a me abraçar - não pense que isso é culpa sua.

Eu concordei com a cabeça, mesmo não concordando com a sua fala, eu não era a melhor pessoa do mundo, eu me achava muito irritante em vários quesitos, era por isso que nenhum relacionamento meu durava muito, e geralmente era meu coração que saia quebrado, como agora, talvez o problema seja só meu mesmo.

Eu não notei quando dormi com os carinhos da minha irmã, mas me acordei com uma discussão vindo do lado de fora do meu apartamento.

Me sentei no sofá olhando pra porta até às vozes cessarem e Natasha passa por ela.

A ruiva olhou pra mim e suspirou em seguida, chegando mais perto e se abaixando pra falar comigo.

– Era ela, né? - perguntei baixinho, vendo a mais velha balança a cabeça em afirmação, eu suspirei, me deitando no sofá e cobrindo a cabeça com o cobertor que estava comigo.

– Não precisa enfrentar isso agora, sabe disso, né?

– Eu preciso terminar logo isso - murmurei, sentindo a vontade de chorar voltar, mas me controlei pra não deixar isso acontecer - vou falar com ela amanhã, pra acabar de uma vez.

– Você tem certeza? - ela perguntou, eu levantei minha mão pra fora do cobertor, fazendo um joinha com a mão, fazendo ela soltar uma risadinha - tudo bem, vou estar aqui pra você, tá bom?

Eu tirei a cabeça do cobertor, balançando ela em afirmação.

– Yelena chega daqui a dois dias, aí nós três podemos aproveitar esse tempo juntas, que tal?

– Seria bom - sussurrei, sorrindo de lado com a possibilidade de ter minhas irmãs juntas comigo.

Natasha retribuo o sorriso, levantando e deitando comigo no sofá, a gente conversou mais um pouco pelo resto da noite até pegamos no sono.

Amanhã vai ser um dia longo.

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Começo a escrever coisa triste e não consigo parar, cês que lutem.

Até a próxima galera 🤙

Imagine Girls - 1Where stories live. Discover now