Imagine Girls - 1

Lexi Howard

O dia de hoje tá meio estranho, primeiro que Lexi me mandou mensagem, ela nunca tinha me mandado antes, depois fui chamada a diretoria por reclamação de um professor, e isso também não fez sentido.

O negócio é, mesmo Lexi e eu sendo do mesmo grupo de amigos, nós não nos falamos muito, sempre achei que ela não ia com a minha cara, nunca entendi o porquê, mas também não fui atrás.

A mensagem da garota pedia pra eu encontrá-la no auditório depois das aulas, eu não vi ela durante as trocas de aulas ou até no intervalo, e ela também não respondeu minha mensagem perguntando o porquê daquilo.

Então pra matar a curiosidade eu fui até o local combinado, quando cheguei lá estava tudo escuro, eu acendi a lanterna do celular pra enxergar o caminho até o palco, Lexi de repente saiu de trás das cortinas, me assustando e fazendo o aparelho cair da minha mão.

Eu me abaixei pra pegar o celular, escutando a risada da Howard.

– Precisava me assustar assim? - perguntei, apagando a luz da lanterna e guardando no meu bolso, deixando nós duas no escuro.

– Desculpa, não era a intenção - ela respondeu ainda com um requisio de risada na voz.

– Bom, eu tô aqui, do que precisa? - perguntei, olhando pra garota, apesar de escuro ainda tinha uns fechos de luz que me dava a visão da garota.

– É, então, você provavelmente não vai gostar do que eu vou falar - falou receosa, eu murmurei e ela continuou - tem um garoto... - eu fiz uma careta já imaginando o que vinha por aí.

– Escuta, Lexi, eu queria te ajudar, mas garotos não são minha área - cortei ela, já me virando pra sair do palco, até senti as mãos dela me puxarem de volta.

– Me escuta, caramba! - a Howard exclamou, eu suspirei, cruzando os braços e esperando ela falar -  tem um garoto que fica no meu pé, me chamando pra sair e isso tudo...

– E isso não é bom?

– Não! Eu não gosto dele, então eu meio que falei pra ele que eu tava com você - falou a última parte baixo, cobrindo o rosto com as mãos.

Eu fiquei surpresa pela situação, primeiro porque ela trocou mais de cinco palavras comigo, segundo por ter me metido nessa situação sendo que mal conversamos.

– Não tem como ele acreditar nisso, a gente mal se falar, Lexi.

– Eu sei, por isso preciso da sua ajuda - ela fez uma  carinha tão fofa que ficava impossível negar alguma coisa a ela, eu suspirei passando as mãos pelo meu rosto e olhando pra ela de novo.

– Certo, o que precisa que eu faça?

Ela sorriu diante da minha resposta, respirando aliviada.

– Eu preciso que você seja minha namorada.

Eu engasguei com o ar quando a morena falou isso, olhando pra ela com surpresa.

– Você tem certeza disso?

– Sim, pelo menos por algumas semanas, eu prometo de compensa depois - eu concordei com a cabeça, ouvindo tudo que a garota falava.

Depois de um bom tempo no auditório acertando as coisas para o nosso namoro falso( a gente concordou em chamar assim), eu levei a garota pra casa, prometendo passar lá pela manhã, pra irmos juntas pra escola, como combinado.

Eu estava um pouco receosa sobre isso tudo, primeiro porque eu tenho uma quedinha por ela, por isso nunca fiz questão de me aproximar, eu sabia que não teria chances, mas agora eu tenho (mesmo que de brincadeira) e tô com medo de me envolver de mais.