Estou aqui, amor: 30

245 29 56
                                    


O dia amanhecera com um clima monótono pelo hospital e o gélido do ambiente tomando conta dos pacientes e seus acompanhantes.

Simone chegara cedo ao lugar como havia prometido a Gael que segurava sua mão enquanto olhos de sono acompanhavam o semblante do garoto que ansiava ver o pai. A morena seguida dos filhos do Gomes procurou na recepção por informações do homem internado ali e sentiu o coração palpitar mais elevado em seu peito quando lhe foi avisado que o mesmo havia sido transferido para um quarto nas primeiras horas da manhã e que seu quadro permanecia em uma crescente melhora. Com um sorriso a mulher contou ao garoto agarrado a sua mão e o abraçou empolgada logo recebendo abraços felizes dos outros três filhos do amado, os cinco sentaram a sala de espera no aguardo da autorização médica para que pudessem ver Ciro. Minutos infindáveis se deram até que alguém aparecesse para permitir a visita, Simone tinha Gael sentado ao seu colo, abraçado a ela com a cabeça descansada em seu peito enquanto tirava um cochilo. Quando o doutor chegou para permitir a entrada deles a mulher apenas levantou com o menino em seus braços, sem desperta-lo, e seguiu junto aos outros filhos de Ciro o doutor que os guiava até onde o homem estava acomodado.

Ao adentrarem o local o estômago de Simone revirou e seus olhos marejaram com a visão que tinha a sua frente. Ciro estava deitado a cama com os olhos fechados e a respiração lenta, a pele tão pálida quanto os lençóis que o cobriam até o peito, os sons amenos das máquinas que checavam seus sinais vitais era, até aquele momento, a única coisa que se podia ouvir ali e os vários fios de acesso ligados ao homem fazia parecer que o mesmo estava preso aquele lugar. Sentindo um nó em sua garganta a mesma se aproximou lentamente sem soltar Gael e com um sorriso ela agradeceu quando Lívia se ofereceu para segura-lo, quando parou ao lado do mesmo a morena o observou com olhos piedosos e com uma mão receosa ela tocou a mão dele descansada a cama e a sentiu levemente fria o que lhe trouxe um calafrio a espinha, com lábios trêmulos ela depositou um beijo na testa do amado e respirou aliviada ao sentir a pele ali morna o que afastava o medo que, todavia, pairava sobre ela de perde-lo.

- Diminuímos as doses da sedação e logo ele estará despertando - Informou o doutor de estatura mediana - O paciente não deve se esforçar muito ou passar por algum estresse nas próximas horas, então apesar de permitida as visitas peço que mantenham um ambiente tranquilo e que não venham causar o mínimo de agitação desnecessária -

- Não se preocupe, doutor! Teremos cuidado - Garantiu Ciro filho.

- Ótimo. Irei trocar de plantão agora, mas terá outro médico a disposição e enfermeiros para manter os cuidados necessários ao paciente - Avisou.

- Obrigado, doutor! - Agradeceu Yuri esboçando um sorriso singelo.

Após o médico os deixar a sós com Ciro os filhos se aproximaram da cama do pai onde Simone continuava silenciosa com o olhar cuidadoso sobre o homem a cama, sua mão nunca deixando a mão dele.

- Ele parece bem apesar de tudo - Comentou Lívia, do lado oposto ao de Simone, aliviada que o pai estivesse fora de perigo.

- O pai é forte, eu sabia que ele sairia dessa - Reforçou Yuri, ao pé da cama, soltando um suspiro.

- Pode ficar tranquila, Simone, ele já já abre esses olhos e vai ficar caidinho em te ver - Brincou Ciro com uma mão ao ombro de Simone tentando aliviar a tensão da morena.

- É o que eu espero - Sorriu fracamente uma Simone preocupada.

- Vou deitar o Gael ali no sofá e buscar um café pra gente - Avisou Lívia caminhando em direção ao sofá no canto do quarto - Vocês me ajudam a trazer, meninos? - Indagou após deitar o caçula cuidadosamente no sofá.

Salve-me do caosWhere stories live. Discover now