Reacender a paixão: 32

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Um mês se passara rapidamente e com ele a recuperação de Ciro vinha com felicidade e alívio do próprio e dos que estavam a sua volta. Os cuidados de sua família e em principal de sua amada lhe fizera muito bem o que lhe garantiu uma liberação a suas atividades normais sem mais complicações, as retiradas dos pontos fora tranquila e agora livre para fazer esforços do cotidiano o homem mal podia esperar por matar a saudade de compartilhar noites de amor com sua morena.

Em uma noite como qualquer outra a lua reluzente iluminava os arredores e estrelas brilhavam em um céu límpido trazendo um clima misterioso e atraente aos amantes pela cidade.
Ciro levara Simone a um restaurante bem-conceituado, queria lhe proporcionar um jantar agradável e a sua altura após todo o estresse que passaram. Abrindo a porta do carro para a mulher que saia graciosamente do automóvel, e oferecendo sua mão que a mesma pegou grata, o homem sentia-se a ponto de salivar com a visão que seus olhos tinham o privilégio de vislumbrar, vagarosamente passeou com o olhar de baixo a cima perdendo o juízo em cada detalhe deslumbrante daquela musa que poderia chamar de sua, respirando profundamente o mesmo tentou controlar o desejo que queimava em seu corpo em ver sua namorada naquele vestido azul marinho desenhado sensualmente em seu corpo, seus ombros levemente expostos com mangas vazadas, o tecido colado indo até seus joelhos, um salto preto acompanhava o look e seus cabelos escuros e brilhosos esvoaçavam encantadoramente aos ventos... E com o sorriso singelo que ela lhe dedicava e olhar fixo no mesmo ele sentiu que poderia cair aos pés dela ali sem se importar com quem pudesse ver. Entrelaçando seu braço ao dela, oferecendo-se para carregar a bolsinha de mão da amada que disse não precisar, ele a guiou para dentro do lugar quase a ponto de desistir do jantar e a levar direto ao seu quarto onde adoraria aquela deusa ao seu lado com todas as ganas, mas afastando esses pensamentos carnais o mesmo informou de sua reserva no hall de entrada e foi levado até a mesa com toalhas brancas, cadeiras acolchoadas e espaçosas, e taças previamente postas, sentaram-se próximos ao mirante onde tinham uma visão panorâmica da paisagem luminosa pelas luzes da noite. Já acomodados em seus lugares Ciro pediu um vinho refinado e segurou a mão de Simone a sua com delicadeza e a encarou com um sorriso sedutor aos lábios e um olhar apaixonado.

- Gostei do ambiente, é bonito - Comentou Simone observando a vista do mirante com encanto.

- Tentei encontrar um lugar que pudesse te agradar - Contou o grisalho com uma expressão, todavia, abobada para a mulher que amava.

- Qualquer lugar com você me agradaria, querido - Afirmou a morena voltando seu olhar para o homem sentado a sua frente e lhe dedicou um sorriso gentil acariciando a mão dada a sua.

- Eu posso dizer o mesmo - Concordou com um brilho distinto no olhar - Essa noite só está linda porque tem a honra de ter você a abrilhantando -

- Você vai conseguir me deixar vermelha assim - Comentou já sentindo o queimor do rubor em suas bochechas.

- Quero te deixar vermelha, mas não aqui e não assim - Confessou o homem em um tom malicioso.

- Ciro! - Repreendeu Simone com um riso curto e envergonhado com o comentário do mesmo - Você está lindo hoje - Comentou mudando de assunto.

- E você está deslumbrante, amor - Devolveu o elogio o homem depositando um beijo curto na mão da namorada.

Apesar de fugir do assunto naquele momento a mulher estava sendo verdadeira em sua afirmação, observara a camisa social azul marinho fosca do homem com as mangas dobradas até o cotovelo e sua calça sarja cinza acompanhando seu traje um calçado esporte fino. Com um suspiro desejoso a mulher tentou afastar sua vontade avassaladora de sentar-se ao colo do amado e abrir sua camisa botão por botão enquanto poderia marcar seu pescoço com beijos devoradores. Mordendo o lábio inferior a morena sentia que com o avançar da noite sua vontade de estar entre lençóis mais uma vez com o homem que amava aumentava, o vinho que tomavam parecia elevar o calor que invadia seu corpo, as conversas sobre o trabalho e suas rotinas não eram capazes de livrar sua mente dos pensamentos pecaminosos que decidiram envolvê-la e provocá-la. Com o pé a mulher passou devagar pela perna do homem a sua frente e com um olhar inundado de luxúria ela pareceu confessar suas intenções naquele momento fazendo com que Ciro engolisse em seco tentando afrouxar a gola de sua camisa demonstrando sentir o mesmo calor que ela.

Salve-me do caosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora