Uma família grande e feliz: 74

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As semanas de dezembro se deram início com bastantes compromissos para a ministra do planejamento e orçamento. A morena se dividia entre cumprir fielmente sua agenda e acompanhar, o máximo possível, as novas evoluções dos gêmeos. Com o sétimo mês chegando os dois pareciam cada vez maiores, mais enérgicos, mais inteligentes e ela não poderia estar mais encantada e orgulhosa dos seus pequenos rechonchudos. Agora que engatinhavam com mais propriedade uma nova dor de cabeça começava, tudo o que eles conseguiam achar pelo chão tentavam pôr na boca e com isso a Tebet sentia que mais cabelos brancos apareciam por sua cabeça. Ciro ria enquanto os seguia de um lado à outro e prontamente tirava das mãozinhas curiosas os objetos que pegavam. Fernando apenas gargalhava, da maneira mais gostosa, sempre que o pai ou a mãe lhe retirava algo da mão, já Sofia em divergência da atitude de seu irmão chorava alto e quase se contorcia ao chão sempre que ficava sem o que alcançou por ali. A pequena já ensaiava se apoiar nos móveis para ficar de pé, sempre caindo de bunda no chão e esboçando uma carranca enfurecida. Fernando balbuciava freneticamente enquanto mexia as mãos, sentado ao chão.

- Acho que o maninho vai gostar de futebol que nem eu - Gael sorria alegre enquanto empurrava, calmamente, uma diminuta bola para o caçula que observava o objeto chegar com olhos brilhantes e curiosos - Ele sabe bater de volta - Indicou quando o bebê empurrou, aos risos, a bola de volta a si.

- Imagina só quando ele tiver jogando com você lá na fazenda - Simone comentou, entre suspiros apaixonados, sentada no chão com o bebê entre suas pernas - Vão ser os meus garotinhos mais talentosos - Sorriu largamente e mandou um beijo no ar para Gael que ficou encantado.

- Espero que os dois não excluam minha moreninha, suponho que ela também vai gostar - Ciro estava ao lado deles ajudando Sofia a ficar de pé enquanto a bebê observava o pequeno jogo entre os irmãos saltitando como uma mola com a ajuda do pai - Olha como ela gosta da brincadeira - Riu quando a pequena balbuciou completamente enérgica.

- A gente vai deixar ela jogar, pai! Aposto que vai ser melhor que a gente - Gael olhou para sua irmã, animado, quando ela bateu palminhas e riu - Concordou Soso?!

- Tudo que for sobre essa bonequinha ser a melhor ela concorda - Simone sacudiu a cabeça e se esticou para dar um cheiro na cabeça da filha.

- Papai ama tanto essa pimpolha - Ciro beijou a bochecha rosada dela que jogou a cabeça para trás e puxou o rosto dele com as mãozinhas - Quer dar um cheiro no seu velho?! - Sofia lhe babou o queixo e apertou suas bochechas entre os dedinhos.

- Tá com soninho, meu menino? - Simone questionou Fernando quando esse bocejou e descansou as costas no colo dela - Vou cantar pra você tirar uma sonequinha - Ela sorriu quando o bebê a fitou admirado, com um meigo sorriso que evidenciava uma covinha - Você tem a covinha do que seu pai também, né meu amor?! Que rapaz mais charmoso esse o meu - Se curvou para encostar a ponta de seu nariz com a testa dele e sentiu o coração descompassar quando o pequeno tocou gentilmente os fios de seu cabelo.

- Vou guardar a bola - Gael tentou se levantar com o objeto, já que o gêmeo cansara, mas Sofia largou o rosto de seu pai para o encarar com o cenho franzido - Quer jogar, Soso?! - A pequena levantou as sobrancelhas e abriu as mãos, que estavam fechadas em pequenos punhos, balançando nos braços do grisalho.

- Pelo visto ela quer, filhão - Ciro riu, se aproximando mais do loiro, e pondo a filha sentada entre suas pernas para ocupar o lugar de Fernando na brincadeira - Mostre pro seu irmão que você também joga, moreninha - A pequena se agarrou a bola, aos gritinhos, e jogou para Gael.

Salve-me do caosOù les histoires vivent. Découvrez maintenant