Lar: 68

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Em uma manhã de sábado, uma bela e ensolarada manhã, Simone fora despertada ao sentir pequenos e gentis dedos tocando seu ombro. Seus olhos abriram com esforço, um bocejo a tomou, cobrindo a boca com uma mão, e ajustando sua visão à claridade, a mulher logo esboçou um sorriso feliz. Gael estava de pé ao lado da cama, um pijama azul amarrotado e os cabelos loiros desgrenhados. Ele esfregava os olhos ainda afastando o sono, o rosto inchado, e um singelo sorriso retribuindo o seu. Ela sentou-se a cama com cuidado para não acordar Ciro, o homem se virou para o outro lado com uma breve inquietação e prontamente voltou a manter-se sereno em seu sono. A morena fez um sinal, com o dedo aos lábios, para que Gael fizesse silêncio e os dois deixaram o quarto. Pelos corredores da casa em Sobral o garoto explicava, com a voz rouca, o motivo de acordá-la.

- Tava dormindo aí escutei um choro alto e pensei na Soso - Ele explicou enquanto Simone lhe fazia um carinho nos cabelos - Fui lá no quarto deles e ela tava mesmo acordada, acho que tá com fome.

- Desculpe se isso te acordou, meu amor - A mulher lamentou não ouvir o choro na babá eletrônica, o cansaço a domara, associado a noite anterior no escritório - Quer que eu te leve pra o seu quarto?

- Já tô sem sono - Descansou sua cabeça no quadril dela quando a mesma o abraçou de ladinho - Posso ficar com você e a Soso?

- É claro, meu doce - Sorriu, o mantendo perto enquanto seguiam até o quarto dos gêmeos - Acho que com você por perto ela ficará de bom humor.

Juntos, mãe e filho, caminharam até o quarto. Chegando ao lugar, Sofia estava de bruços chorando forte, Fernando acordara com os barulhos de sua irmã, mas se mantivera distraído com as próprias mãozinhas enfiadas na boca rindo com o ato. Simone cumprimentou seu pequeno rapidamente, deixando um beijo em sua cabeça, e se apressou para buscar a filha temendo que ela sufocasse ao pressionar o rosto contra o colchão furiosa. A trouxe em seus braços, lhe balançando gentilmente, o rosto da pequena estava vermelho e a boca se abria para aumentar sua reclamação em lágrimas. Gael conversava com Fernando, lhe retirando as mãos da boca com medo que ele se machucasse enquanto o bebê dava gritinhos divertidos com isso. A morena percebeu uma mamadeira seca e ainda morna perto da cômoda, entendendo que Ciro despertara minutos antes e alimentara Sofia. Ela sorriu com ternura por aquilo e compreendeu o motivo do choro, a fralda da pequena estava cheia. Ela lhe preparou o banho, aliviando o estresse da pequena a medida que a limpava. Já com a filha em um pequeno casaquinho roxo e calças bege, ela lhe penteou os cabelos escuros, que cresciam cada vez mais, mantendo seu pescoço firme enquanto a sentava em seu colo.

- Melhor agora, minha bonequinha? - Sorriu quando a pequena descansou a cabeça em seu peito, ao levantar-se com ela - Minha bebê estava agoniada com a fralda? - A pequena ergueu a cabeça um pouco instável e lhe sorriu.

- Agora tá limpinha Soso - Gael acariciou o pézinho da pequena e a fez gargalhar com as cócegas.

- Que risada mai' gostosa é essa?! - Simone sentiu o coração desmanchando em seu peito quando a bebê gargalhou com as maçãs do rosto rosadas, e as mãozinhas bateram em seu peito animadas.

- Ela tá de bom humor, né? - Gael sorriu empolgado.

- Graças ao irmão mais velho dela - Simone dedicou um sorriso terno ao loiro - O meu príncipe - Se curvou um pouco, mantendo Sofia bem acolhida em seu peito, para deixar um beijo no topo da cabeça do garoto.

- Achei que era o Nando - As bochechas da criança ruborizaram.

- Os dois são - Se ajustou com Sofia nos braços e seguiu para checar Fernando no berço, que tentava agora alcançar os próprios pés esticando os braços.

Salve-me do caosDonde viven las historias. Descúbrelo ahora