Capítulo 16

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O que era certo ou errado quando existia a porra de um desejo que era basicamente impossivel de controlar? Juntando com uma raiva contida pelos dois por sentirem algo que era definitivamente proibido pela sociedade, eu odiava sentir isso, odiava Daniel por compartilhar disso e querer quebrar as regras como estávamos fazendo nesse exato momento.

Minha mãe estava na sala de jantar e o banheiro ficava ao lado das escadas que dava acesso aos quartos, mas isso realmente importava?

Daniel esqueceu da própria irmã que o esperava para poder ter certeza que podia confiar a minha vida a ele por causa da nossa família tóxica e complexada, mas ele estava com a língua dentro da minha boca explorando e provando de cada pequeno espaço que podia encontrar.

Eu ignorei a possível presença dela e baguncei os cabelos dele que estavam presos em um pequeno coque acima de sua cabeça, desejando mais e mais dos apertos que ele dava na minha cintura.

— Pare... — Pedi quase gemendo quando minha camisa larga foi erguida para facilitar o acesso a minha cintura e meus seios. — Merda, isso é errado.

Ele suspirou puxando meu corpo para a frente da pia e me debruçou ali de frente para o espelho, estremeci com a porcelana fria na minha barriga enquanto ele debruçava em cima de mim para alcançar meus ouvidos.

— Diga que não quer, Ella. — Ele me encarou pelo espelho e desceu meu shorts devagar, parecendo querer ter tempo para que eu pudesse recusar. — Por favor, me faça parar, porque eu sei muito bem na merda que isso vai dar. Só que sozinho eu não consigo parar.

Esqueci o que ele tinha acabado de dizer por causa dos dedos ágeis que desceram pelo meu corpo e encontraram a umidade traidora, ele praguejou no meu ouvido e eu quase perdi o controle presa nos olhos dele pelo reflexo do espelho.

— Vamos cordeirinha, eu sei que você consegue me fazer parar. — Ele continuou falando enquanto espalhava a minha excitação e massageava toda a carne ansiosa no meio das minhas pernas.

Mas eu queria que ele parasse? Quantas vezes eu desejei que ele se perdesse no fundo do meu corpo desde que pisei nessa casa?

— Não. — Ofeguei tentando não fazer barulho demais e acabar entregando o que fazíamos ali.

Ele fechou os olhos e mordeu a base do meu pescoço deixando os dedos deslizarem para dentro de mim, e por qualquer inferno que pudesse existir, ele sabia o que queria fazer.

— Coloque um joelho em cima da pia. — Não pareceu ser um pedido e num dia normal, eu resistiria e o derrubaria no chão para montar em seu corpo e me saciar sem me importar com ele, mas eu simplesmente obedeci. — Que boa menina.

Meus pelos arrepiaram com o maldito elogio e a voz rouca proxima ao meu ouvido, era como se eu desconhecesse as sensações que eu já senti simplesmente por estar com ele, por ser ele a fazer.

Ele moveu o corpo e sim, por deus eu o senti quente roçando em mim. Duro de uma forma que eu o senti antes que ele espancasse a minha bunda dias atrás, talvez eu estivesse perdendo a noção nessa maldita casa.

— Tente não fazer barulho, cordeirinha, ou sua mãe vai saber o que está fazendo aqui dentro comigo.

Eu não tinha paciência para esse tipo de conversa, mas não consegui responder. O tesão e a sensação de finalmente sentir o pau dele deslizando para dentro de mim, me impediram de fazer qualquer coisa.

Daniel me apertou contra seu corpo quando preencheu meu interior completamente, provavelmente para não fazer qualquer barulho que pudesse acusar o que fazíamos. Mas eu não consegui, gemi alto o suficiente para ouvir o barulho da cadeira lá fora sendo arrastada, Daniel mordeu meu ombro olhando para mim no espelho me obrigando a olhá-lo de volta e ver estampado no rosto dele o prazer que ele também sentia.

Eu estava no inferno, pronta para ser queimada e acusada de coisas absurdas.

Meu corpo esquentou recebendo ele a cada investida, a cada movimento duro e calculado dentro de mim. Ele suspirava e eu gemia tentando não me deixar levar pelas sensações, e caralho, era tão difícil.

— Ella? Querida, está tudo bem? — Eu praguejei mentalmente me desesperando.

Daniel soltou meu ombro e segurou meu rosto para que eu visse seu olhar enquanto me fodia lentamente, me fazendo questionar minha sanidade.

— Responda, cordeirinha. Diga que está prestes a gozar, que não está suportando me sentir dentro de você.

Eu ofeguei e a porta recebeu mais algumas batidas. Eu não sabia o que dizer e se eu respondesse, sabia que não seria de uma forma normal, ela descobriria.

— Ella, estou ficando preocupada.

Eu respirei fundo tentando não choramingar com o prazer que meu corpo estava sentindo, e ficava difícil de pensar com os olhos verdes presos em mim enquanto se movia me enlouquecendo lentamente.

— Acho que... — Daniel sorriu e forçou para encontrar o mais profundo de dentro de mim, eu mordi a mão para não gemer. — O café da manhã não me fez bem, logo volto para a mesa.

Houve uma pausa pela parte dela e as investidas dentro de mim aumentaram, meu corpo já estava sensível nesse momento e o risco de sermos pegos estava aumentando consideravelmente minha vontade de gritar.

— Tem certeza disso? Posso pegar algo para ajudar com a sua digestão..

— Não! — Foi quase o grito que eu precisava dar, Daniel desceu a mão para encontrar meu clitóris e massageá-lo enquanto não parava de me foder naquela maldita posição.

— Tudo bem, mas você viu meu irmão em algum lugar? Chamei por ele no andar de cima e não obtive resposta.

Eu iria gozar, não era mais uma brincadeira e nem mesmo as provocações que eu recebia dele e que não davam em nada, minha pele arrepiou dolorosamente e senti meu corpo se tornar tenso se preparando.

— Responda, Ella. — Ele gemeu baixinho para mim e eu quase desabei da pia. — Diga que estou aqui dentro te fodendo e caralho, estou a um passo de gozar na sua boceta melada. Fala para ela o quanto você esperou por isso e pediu se masturbando para mim de dentro da sua janela.

Meu corpo tremeu recebendo o orgasmo, eu pude ver meu rosto torcer de pela visão periférica enquanto olhava para ele.

— Não, mãe... — Suspirei. — Ele deve ter ido ao bar...

Eu já não tinha forças para me manter firme em cima da pia, minha mãe aceitou a resposta e bateu os pés para longe do banheiro social.

— Você me desobedeceu, Ella. — Daniel suspirou forçando meu corpo, fodendo ainda mais forte antes de sair de dentro de mim e morder meu ombro para não anunciar que também havia encontrado o própio ápice. — E eu vou punir você por isso.

ESTRANHOWhere stories live. Discover now