Capitulo 53

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Eu sei, estava devendo horrores de capítulos para vocês...
Então...
Tomem mais um! E me desculpem pela demora!!! Ainda estou sem computador e está complicado de digitar, mas não vou parar com os capítulos e dessa vez, vou terminar historia por historia!!

Um grande beijo e boa leitura!!

*

Minha estadia dentro desse quarto parecia muito mais com uma prisão, as únicas pessoas que entravam ali eram os médicos e algumas enfermeiras.

Eu já deveria estar acostumada com esse tipo de situação e tratamento, já que estava sendo assim desde que fui arrastada para dentro da casa de Yakato.

Desde aquele dia, tenho sido tratada como uma prisioneira, uma peça importante para um quebra-cabeça de que eu sequer sabia que fazia parte.

Mas não havia muito o que fazer, minhas pernas estavam engessadas e meus braços enfaixados para as cirurgias fecharem sem risco de infecções.

Na queda, como a médica que antes Ren expulsou do quarto, me explicou, havia várias fraturas espalhadas pelo meu corpo. Quebrei tantas áreas que seria difícil para que eu pudesse explicar e agora, eu precisaria de tempo para a recuperação e muita fisioterapia para recuperar parte dos meus movimentos.

Eu havia perdido todas as oportunidades que pudessem aparecer, eu nunca mais lutaria.
Claro que essa não era a minha preocupação nesse momento, mas saber que, em algum momento, eu jamais poderia considerar lutar outra vez e isso me derrubou.

Não bastava toda a dor que eu já estava sentindo devido ao acidente, nem da dor de ter sido abandonada por Daniel, perder literalmente tudo o que um dia eu já tive parecia um prato completamente cheio para o destino se empanturrar.

Mordi o lábio, tentando conter a dor enquanto a enfermeira furava outro pedaço de mim, apenas para ter certeza de que nenhum músculo meu estava inflamado, o que duvidei, por ter tantos acessos espalhados pelo meu corpo.

— Só mais um. — Revirei os olhos, odiava tanto cuidado e tanta atenção.

Me sentia mais incapaz do que realmente estava.

— Se continuar revirando os olhos, assim vai ser difícil reparar sua visão, Ella, médicos são humanos e não milagreiros.

— Vá se foder. — Chiei para o sorriso patético que Ren mantinha nos lábios. — Vá encontrar outra moribunda para encher o saco.

Ele não voltou depois daquele dia e, depois disso, o tempo tinha se tornado nada além de números que trocavam no relógio, não faziam diferença para mim.

— Estou fazendo isso desde o dia que me expulsou deste quarto, mas ver que sua personalidade inquebrável está intacta me deixa feliz.

Joguei o copo de plástico que ficava disponível com água para mim na direção dele, Ren desviou, fazendo o copo bater contra a parede tolamente. Eu era completamente patética, principalmente presa nessa cama.

Em outras circunstâncias, Ren estaria no chão com o rosto ensanguentado e eu teria minha raiva momentaneamente estabilizada.

— Não sei quem é mais patético nesse momento, minha situação deplorável nessa cama ou você, pensando que essas flores amassadas atrás das suas costas me trariam algo além de repulsa. Quando eu estiver morta, poderá levar quantas flores quiser e chorar como uma criança birrenta.

— Ella está difícil hoje... — A enfermeira murmurou para Ren como se desculpasse pelo meu comportamento.

— Agora presta contas para compradores de mulheres? Sabia que ele me comprou como se eu fosse uma boneca colecionável? — Reclamei olhando para a pobre enfermeira, ela infelizmente estava no lugar errado e na hora errada.

ESTRANHOWhere stories live. Discover now