Capítulo 37

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Saudade era o mínimo que eu sentia dele, mesmo que toda aquela onda de sentimentos e dores que eu senti por causa dele continuasse presa dentro de mim, não havia nada e nem ninguém igual a ele.

Daniel me devorou não só com os lábios, os olhos verdes e brilhantes se prendiam aos meus em todos os momentos possíveis e pareciam percorrer a minha pele junto com as mãos firmes.

E era isso o que eu queria, matar a saudade que meu corpo sentia dele e fingir que nada disso estava acontecendo.

— Você me fez morrer lentamente cordeirinha, não tem ideia de como eu tive que me segurar para não derrubar a porta desse quarto.

Eu não queria responder, sabia que isso penas dificultaria o que estava por vir.

Mas eu arfei quando os lábios quentes encontraram meus mamilos, Daniel mordeu a ponta de cada um com mais força que eu realmente estava esperando antes de sugá-los.

Eu gemi alto me esquecendo onde estávamos e ele sorriu para mim levando uma das mãos até a minha boca.

— Quer ser pega, Ella? Confesso que adoraria mostrar que nenhum deles pode tirar você de mim.

Ele estava certo, minha vida estava nas mãos dele desde que me tocou pela primeira vez e eu deixei que as sensações me penetrassem a alma.

— Pare... — Suspirei quando os dentes dele voltaram a prender meu mamilo.

— Não. — Ele suspirou passando a língua onde os dentes não tocavam.

— Daniel... — pedi outra vez quando a mão dele soltou meus lábios para amassar meus seios.

Eu estava ansiosa, excitada; com raiva e com tanta saudade que não tive reação, só mergulhei as mãos nos cabelos molhados dele e deixei que me destruísse lentamente.

— Abra as pernas, Ella. — Eu abri e Daniel se encaixou entre as minhas coxas, forçando seu pau na minha entrada, me provocando da forma mais suja que ele poderia fazer.

— Dan... — Eu resmunguei, mas ele me beijou tirando a minha voz.

Meu corpo o recebeu sem reclamar mostrando que apenas a presença dele tinha o poder de me excitar, de me deixar pronta para o que ele quisesse fazer comigo.

— Ainda preciso mostrar para você a quem você pertence? — Eu arfei sentindo ele me abrir, invadindo meu interior com tanta lentidão que era quase cruel. — Vamos, cordeirinha, quantas vezes mais vou precisar ensinar a você isso, consegue sentir o quanto está molhada?

Eu afundei as unhas nas costas dele e me deixei sentir tudo o que ele realmente era para mim, para o meu corpo. Negar era inútil e só me faria perder a merda da razão.

— Do mesmo jeito que não consegue deixar de vir atrás de mim. — Decidi retrucar, Daniel parou os movimentos se encaixando completamente dentro de mim.

Eu arfei com a sensação de estar completamente preenchida. Ele sorriu e capturou meus lábios entre os dentes dele antes de decidir me beijar.

— Você me fez perder a decência, Ella. A porra da minha decência desejando você, acha que isso não me faz parecer um louco? Eu sei que faz e pouco me importo, sou louco por você e vou levar você comigo quando eu sair dessa merda de lugar.

Eu fechei os olhos, talvez para não chorar ou simplesmente para absorver todas as palavra que ele disse para mim. Meu ego estava ferido por tudo oque aconteceu nos últimos dias e agora, ele estava concertando-o lentamente.

— Tio Dan... — Suspirei quando ele voltou a me penetrar agarrado em mim da mesma forma que eu me prendi a ele.

— Sim meu bem. — Nós dois gememos juntos, aproveitando um ao outro de uma forma que até então ainda não tínhamos feito.

Eu podia senti-lo pulsar dentro de mim, em cada investida, em cada uma das vezes que se colocava profundamente dentro de mim.

Por um momento, não havia mais casamento, não havia paredes ao nosso redor. Era apenas eu e ele, duas pessoas que nunca deveriam ter se aproximado dessa maneira e mesmo assim, éramos tão bons juntos que isso já não importava.

Daniel nos girou na cama me colocando em cima do seu quadril, eu suspirei apoiando no peito dele e comecei a me mover logo em seguida. Daniel era controlador e não era dificil de perceber isso, principalmente com as atitudes que ele insistia em tomar. Então, eu entendi o que ele queria dizer com isso, me deixando tomar as rédeas do sexo, me deixando decidir como eu o queria dentro de mim.

Então eu montei, subindo e descendo meu quadril vendo os músculos dele tensionarem a medida que o nosso prazer aumentava. Não precisávamos mais dizer nada, cada poro nosso que transpirava era resposta o suficiente para qualquer coisa que precisássemos dizer.

Me dobrei deixei meus seios amassarem sobre o peito dele e Daniel afundou as mãos nos meus cabelos, me forçando a ficar na mesma posição simplesmente para colar o rosto no meu enquanto eu continuava a bater o meu quadril contra o dele.

— Ella.... — Eu arfei com o som do meu nome saindo ofegante dos lábios dele, foi como se ele tivesse me entregado seu ultimo fôlego antes de abraçar meu corpo e me foder comigo por cima.

Eu perdi a força das pernas e o orgasmo me atingiu sem que eu pudesse controlá-lo, Daniel voltou a arfar e nos girou na cama outra vez fazendo seus cabelos cairem sobre mim enquanto me penetrava freneticamente até finalmente chegar ao ápice.

— Precisa me prometer, Daniel. — Murmurei me deitando sobre ele enquanto ele me abraçava para me ajudar a ficar confortável no lugar.

— O que quiser, cordeirinha.

— Que não irá me fazer chorar outra vez.

Ele respirou fundo e me deitou no espaço ao lado da cama, ergueu meu queixo devagar ate que eu me perdesse no verde intenso que seus olhos carregavam.

— Você sequer deveria ter chorado por minha causa, Ella. Sua mãe me fez prometer que eu cuidaria de você com a minha vida e eu deixei de cumprir isso assim que chegamos nesse inferno, essa promessa acabou se tornando mais do que eu deveria deixar que fosse. Então, eu prometo, porque agora eu sei...

Ele pausou.

— Sabe o que?

— O que é amar alguém.

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