Capitulo 18

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De maneira alguma.

Daniel não se moveu enquanto meu corpo entrava em sinal de alerta, cada célula minha reclamava ansiosa.

Medo, ódio, excitação, um tesão que nem mesmo as dores em meus seios poderiam minar. Mas o choque de sentir tudo isso por ele, com ele, ainda era demais para suportar.

Mordi o labio na tentativa de acalmar minha mente turbulenta, vim para essa maldita cidade para treinar e vencer uma competição para finalmente sair da bolha que a familia Sora tinha criado e acabei caindo em outra.

Esse inferno que Daniel estava criando na minha vida, estava começando a me fazer querer queimar e não era isso o que eu precisava agora.

— Me deixe quieta, por favor. — Suspirei tentando relembrar a minha mente de que ficar com ele era errado, que nada disso poderia ser mais do que um momento de novidade e excitação. — Não quero continuar com isso.

Ele não respondeu, continuou me observando encostado na porta enquanto eu hiperventilava perdendo todo o poder e a minha independencia emocional. Era doloroso assistir meu corpo implorar por uma coisa que nem mesmo deveria existir, era de uma crueldade sem tamanho.

Daniel perdeu o sorriso assim que eu disse não querê-lo, claro que era mentira, mas eu precisava convencê-lo disso e fazer o mesmo com a minha mente. Ele se afastou da porta lentamente, como se estivesse tentando não assustar um animal pequeno.

— Diga que não quer isso, Ella. Mas terá que me convencer, porque o que eu vi em seus olhos no banheiro não é o que você está demonstrando agora. — Disse enquanto se aproximava de mim, até se ajoelhar de frente para a cama.

— Por favor... — O que havia acontecido com a mulher que eu cultivei e não se dobrava para homem nenhum?

Um longo suspiro saiu de dentro da garganta dele, era visível o quanto toda essa situação estava saindo do controle e eu sabia que tinha toda a minha parcela de culpa nisso. Eu poderia ter parado-o no banheiro, mas não consegui. Me perdi nos olhos dele enquanto me sondava e não era uma opção desistir.

Ele puxou a minha cintura para a ponta da cama devagar, me fazendo sentar outra vez. Fechei os olhos para não me perder outra vez, para não implorar para que ele driblasse as minhas palavras de negação. Minha camisa foi erguida até que meus braços não tivessem outra opção a não ser erguer.

Nua da cintura para cima e com os olhos tão fechados que eu já podia ver pontos brancos por toda a escuridão, mas Daniel não fez nada além de tirar a minha camisa e a curiosidade me surrava como uma vadia imunda.

— Abra os olhos, Ella. Não farei nada que você não queira, eu prometo.

Isso era fácil de prometer e muito mais de cumprir, eu o desejava como um homem comum, coisa que não era para acontecer, principalmente por sermos da mesma família.
Mas eu abri.

Não havia sorriso algum nos lábios dele, apenas uma preocupação esmagadora. Os olhos dele passeavam por todo o meu tronco enquanto travava o maxilar e soltava várias vezes.

— Quer que eu tire os prendedores? — Finalmente me encarou e meu peito parecia que explodiria a qualquer momento.

Eu acenei, a dormência tinha se tornado fria e dolorosa. Ele entendeu e devagar encaixou a mão na curva macia e com a outra abriu lentamente, eu grunhi, choraminguei e quase bati no rosto dele. A sensação de retirar era ainda pior do que a de ter colocado, meu seio inteiro ardia.

— Inferno! — Xinguei enquanto ele passava para o outro.

Mas antes de tirar um sorriso suave voltou a brotar no rosto dele e se ele pudesse ver a palpitação do meu coração sobre a minha pele, eu estaria perdida.

— Sabe de uma coisa, Ella? — Neguei apenas desejando que ele parasse logo de me torturar e tirasse logo o maldito prendedor. — Você foi uma boa garota.

Daniel disse tirando o prendedor de uma vez, a dor irradiou por toda a pele em volta do meu mamilo e tudo o que eu fiz foi tentar segurar meus seios inutilmente para diminuir a dor. Mas os lábios dele foram mais rápidos e quando o calor aqueceu a pele dolorida, um grito de alívio surgiu no fundo da minha garganta.

— Não! — Não era o que eu realmente queria dizer, mas outras palavras desconexas saíram sem avisar, pareceram incentivar a sucção que ele fez na área dolorida. — Merda!

Os braços dele se enrolaram ao meu redor aquecendo a minha pele e deu a ele mais espaço para massagear meu seio com os lábios.

Eu o empurrei, joguei meu corpo para trás diversas vezes e nada o fazia se soltar de mim. Minha pele aqueceu dando vida ao meu baixo ventre e a cada sucção que ele fazia, sentia meu clitóris pulsar respondendo.

— Está aliviando a dor? — Eu não sei se foi uma pergunta, se foi a porra de uma provocação, mas agora, eu precisava desesperadamente que ele fizesse o mesmo com o outro. — Responda, Ella.

Eu não podia, a vergonha era demais para suportar, então o empurrei para o outro seio que ainda parecia amassado por causa do prendedor. Ele riu para a minha pressa e dessa vez, fez questão de olhar para mim enquanto fazia a língua umedecer a pele sensível e dolorida.

— Anda logo. — Choraminguei afundando as mãos nos cabelos dele outra vez, tentando forçar para que ele sugasse logo e me livrasse da dor. — Merda!

— Não ouvi uma resposta ainda, cordeirinha. Aliviei a sua dor?

Eu não queria pensar, na verdade, não conseguia ver ele suspirar e lamber a ponta endurecida do mamilo. Estava me matando lentamente e minha boceta parecia ter enlouquecido junto.

— Sabe que sim, inferno! Pare de me provocar. — Ele sorriu com o canto dos lábios e abocanhou o mamilo que faltava.

Eu gemi dessa vez, segurando os cabelos dele impedindo que ele se afastasse, que me deixasse sozinha sem a boca quente para diminuir a dor que ele mesmo provocou em mim.

E ele não me soltou, me sugou lentamente trazendo um calor conhecido, me dando mais do que era realmente necessário.

— Boas garotas são recompensadas, cordeirinha. — Ele murmurou com meu peito dentro da boca. — E você foi muito bem não me desobedecendo.

Eu não me importava com mais nada e toda a luta mental que eu sofria a momentos atrás tinham desintegrado, a boca dela era a única coisa que se repetia dentro da minha mente e se movia fazendo a dor se tornar em prazer.

Joguei a cabeça para trás, estava pouco me importando com o que estava acontecendo, quem era ele e todo o resto. Mas parecia que ele também.

Daniel deixou que eu deitasse na cama e foi uma janela bem aproveitada da parte dele para retirar o restante da minha roupa, nua pela primeira vez na frente dele a luz do dia e era impagável o olhar predatório em cima de mim.

— Abra as pernas, vou dar sua recompensa agora.

Que inferno de recompensa.

Abri as pernas e apoiei os pés na ponta da cama, ele não fazia corpo mole e muito menos me deixou ansiando por mais. A boca dele se perdeu entre as minhas pernas antes que eu pudesse tomar outro fôlego.

— Não pare... por favor... — Quando eu aprendi a implorar?

Daniel dobrou o corpo em cima de mim forçando meu corpo a receber toda a maldita recompensa que ele disse ter para mim, e eu estava adorando.

Meu peito retumbou e meu clitóris pulsou avisando que nada mais podia conter a onda de prazer que estava começando, Daniel afastou a boca e se ajustou para me fazer acolher seu pau enquanto o orgasmo me corrompia.

— Boa garota, cordeirinha. — Daniel gemeu se afundando em mim, me torcendo ao ponto de fazer o prazer se estender enquanto ele era ríspido ao me foder. — Ótima garota e eu adorei foder você, caralho, sua boceta molhada me acolhendo é um pecado.

Eu só sabia gemer com os dedos presos aos cabelos dele, bagunçando e soltando o elástico que o mantinha no lugar. Foda-se se ele era meu tio, foda-se se a família Sora enlouqueceria, foda-se a minha maldita luta. Meu corpo só conseguia senti-lo e nada mais.
Que tudo ao redor se fodesse desde que os olhos verdes me devorassem da mesma forma que fazia nesse momento.

ESTRANHOOnde histórias criam vida. Descubra agora