✔ [One Direction FanFiction]
A história de cinco amigas com vidas normais e problemas do dia-a-dia até que cinco rapazes nada normais aparecem, cada um com o seu jeito desarrumado, e decidem apimentar a vidas delas.
Tanto pode ser a receita para o d...
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"Não fiques chateada com a pergunta," Ivy pausa, "há quanto tempo não falas com a tua mãe?" ela pergunta do seu lugar no sofá da sala.
Ela tinha uma revista no colo, ia-a folheando de vez em quando para fazer de conta que estava ocupada para não parecer óbvio que estava a avaliar a minha reação.
"Há um ano ou isso. Nem sei bem." Respondo fazendo um zapping na televisão. Porque é que queres saber?"
A Ivy conhece a minha relação com a minha mãe, é tão péssima quanto— Eu até compararia com a da Jordan mas nós ainda não chegamos ao ponto de insultar; para já estamos bem em apenas ignorar a existência uma da outra.
A minha mãe não é o melhor exemplo de 'mãe dedicada'. Eu fui entregue ao cuidado de outras pessoas durante toda a minha infância porque ela não queria ter o trabalho de mudar fraldas ou fazer um biberão a meio da noite. A minha primeira palavra foi Gabby, o nome da minha babysitter, e a minha mãe despediu-a no dia seguinte. Nem ela nem o meu pai estiveram presentes quando aprendi a andar.
Frequentei os melhores colégios de Inglaterra, a minha educação primária começou num colégio e com tutores em casa a ensinar-me todo o tipo de línguas. Aos dez anos, fui enviada para um colégio interno onde só ia a casa no Natal —e era só porque o colégio fechava nessa altura. Foi aí que me aproximei da Ivy, quando fomos colocadas na mesma turma. Eu já a conhecia das festas da minha mãe mas nunca falamos muito. Somos muito diferentes, mas ambas temos o ambiente familiar parecido. Acho que se ela não estivesse comigo, eu passaria os meus anos escolares sozinha e depressiva. Ela alegrava o meu dia com as suas piadas e comentários e era capaz de me fazer esquecer que tinha uma mãe que se estava nas tintas para mim.
O meu pai é completamente desligado do mundo, nem presta atenção à minha mãe, e houve alturas que eu achei que ele tinha um caso, o que não me surpreenderia; quem é que não teria se estivesse de estar casado com uma esposa assim? Mas ele consegue ser mais presente que a minha mãe; ele esteve no meu primeiro recital na escola primária, na minha graduação do secundário e da faculdade ao contrário dela que tinha qualquer coisa mais importante para fazer.
Quando tive a oportunidade de sair daquela casa, aproveitei sem pensar duas vezes. Viajei, vi um pouco do mundo, aprendi e ajudei quem precisava. Fiz coisas que aos olhos da minha mãe não seria aceitável e ainda agora não o são. Ela queria que eu fosse como ela —casasse com um homem rico que me sustentasse. Eu não sou assim.
Posso ter nascido em berço de ouro mas eu esforcei-me sempre para ter as minhas coisas. Eu não precisei de 'comprar' notas na escola para passar a uma disciplina, eu não precisei de usar o meu dinheiro para ter a vida mais facilitada ou ter amigos.
Por isso, não, eu não tenho falado com a minha mãe porque ela é todas essas coisas e adora apontar essas mesmas falhas em mim.
"A minha mãe é que mencionou-o no outro dia ao telefone." Ela tenta falar com descaso —falhou redondamente.
