Capítulo 1

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LISSA

Uma semana depois...

Sabendo que Rafa e eu teríamos a casa só para nós, uma vez que os pais dele estão viajando e o Renan só deve chegar no próximo fim de semana, arrumei-me mais que o normal. No fundo sabia que não conseguiria mais que alguns amassos com o meu namorado, mas uma garota podia sonhar, não podia?

Raspei as pernas e a virilha, só por precaução, e vesti minha lingerie mais sexy, a única que eu tinha de renda e que comprei escondida da minha mãe.

Coloquei meu melhor vestido, que ganhei da Mila no último Natal, um preto básico que vai até a metade da coxa e faz maravilhas com as curvas do meu corpo. Nos pés, coloco uma sapatilha confortável, cor nude, e finalizo o look com um brilho labial sabor cereja para dar um pouco de vida aos meus lábios cheios. Opto por não usar maquiagem, uma vez que a genética foi generosa comigo, me presenteando com uma pele leitosa e macia e deixo os cabelos soltos caindo sobre os ombros de forma natural.

Olhei minha imagem no espelho e gostei do que vi.

Nunca fui muito boa com essa coisa de moda. Geralmente uso jeans e camiseta, uma combinação que não tem como errar e é confortável, ao mesmo tempo.

Então usar um vestido é um grande avanço, embora esteja ciente de que esse modelo em especial é mais apropriadopara sair à noite do que para estudar na casa no namorado. De qualquer forma, eu não me importava.

Peguei a mochila sobre a minha cama e saí do quarto, fechando a porta atrás de mim.

Encontrei minha mãe no andar de baixo, usando um vestido floral e um avental todo sujo de farinha.

Foi impossível não sorrir.

Dona Clarice pode ser a mãe mais incrível do mundo e uma ótima dona de casa, mas dentro da cozinha ela é um desastre.

-Bom dia mãe! -Exclamei, beijando-lhe o rosto.

-Bom dia, querida! Posso saber para onde minha filhota vai toda arrumada? -Pergunta curiosa, me olhando de cima à baixo com uma de suas sobrancelhas finas e bem desenhadas erguida.

Da forma como ela me olha, me sinto quase como a Jennifer Lawrence arrumada para receber o Oscar.

-Vou estudar na casa do Rafa. -Respondo sem delongas e a vejo entrar na função mãe protetora em questão de segundos.

-E os pais do Rafael estarão em casa, suponho. -Questiona como quem não quer querendo.

-Obviamente. -Minto.

-Tudo bem, querida. Pode ir! Se o seu pai perguntar, direi que você está na casa de uma amiga estudando. -Pisca condescendente e eu a abraça, a enchendo de beijos.

-Obrigada, mãezinha!

-Mas não abuse da minha boa vontade! Só estou permitindo por que sei que você é uma moça responsável e o seu namorado é um rapaz respeitador. Mas quero que volte cedo e se cuide! -Por "se cuide" subentende-se "Não me torne avó aos trinta e cinco anos!"

Reviro os olhos, mas acho graça.

-Pode deixar! -Falo, batendo continência como um soldado perante seu general.

Nós duas rimos.

Já ia saindo, quando ela chamou meu nome novamente.

-Vai sem comer, minha filha? -Pergunta preocupada.

Mães...

-Não se preocupe, mãe. Eu como alguma coisa na casa do Rafa. -Prometo, ignorando seu olhar de desagrado.

Um Bad Boy em minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora