Lissa
(Sem revisão)
Assim que me vi livre dos braços do Beto, corri em direção ao Renan e o abracei, ainda chorando. Em outras circunstâncias eu jamais faria tal coisa. Renan é um babaca e eu não o suporto, mesmo o conhecendo a tão pouco tempo. No entanto, assustada e fragilizada como estava após o ataque que acabara de sofrer, deixei o orgulho de lado e o abracei firmemente, fazendo dele o meu porto seguro.
Meu cunhado retribuiu o abraço meio sem jeito. Ele não esperava tal reação vinda de mim; Eu mesma não esperava.
O que eu estava fazendo?!
Afastei-me do seu abraço rapidamente, fungando e enxugando as lágrimas do meu rosto.
- Senhor, deixe-me explicar... Não é o que o Senhor está pensando... - Beto começou a gaguejar com o rosto pálido como o de um cadáver.
O cretino ainda tinha a cara de pau de negar?!
- Cala a porr* da boca! Eu sei muito bem o que eu vi. - Renan rugiu ameaçador ao meu lado, olhando para o Beto com um expressão assassina no rosto.
O mesmo se encolheu, ficando ainda mais pálido, se é que era possível.
Toma essa! Quem é o valentão agora? Meu subconsciente não perdoa.
- Senhor...
- Eu mandei calar a boca, porr*! Agora some da minha frente! Conversamos depois. - Falou o meu cunhado, passando as mãos pelo cabelo como se buscasse auto-controle.
- Sim, Senhor. - Beto balbuciou antes de sair com o rabo entre as pernas em direção ao jardim.
Quando ele se foi, Renan olhou para mim, analisando-me com um olhar indiferente.
- Você está bem? - Perguntou com a voz aparentemente fria, mas eu podia sentir uma certa preocupação em seu tom.
Me fiz a mesma pergunta: Eu estava bem?
Eu estava assustada com o que quase havia acontecido. Estava em estado de choque também. Mas, fora isso, estava bem, na medida do possível.
Apenas fiz um gesto positivo com a cabeça.
- Você está pálida. - Ele notou, dessa vez sem esconder a preocupação.
- Estou bem. Não foi nada. Você chegou a tempo de impedi-lo. Uhm...E, a propósito... Obrigada! - Agradeci pela ajuda, olhando-o nos olhos para que ele pudesse enxergar minha sincera gratidão.
Renan deu de ombros e cruzou os braços, chamando a minha atenção para aquela região. Ele vestia uma camiseta preta, dessa vez sem a jaqueta de couro, que deixava seus braços tatuados e fortes à mostra. Ele era mais forte que o Rafa, sem dúvidas, o que me levou a crer que ele malha ou pratica algum esporte. Agora, analisando com mais calma, pude ver o quão quente ele estava naquela roupa.
Detestei-me por isso, mas foi impossível não sentir-me atraída por ele. Renan Castilho era uma verdadeira tentação.
Obriguei-me a desviar o olhar do seu corpo, enquanto repreendia ao meu por sentir-se atraído por ele.
Definitivamente, eu precisava arranjar uma forma do Rafa mudar de ideia e tirar minha virgindade o mais rápido possível. E também tinha que me manter o mais afastada possível do meu cunhado, enquanto o meu corpo reagisse de maneira tão inadequada na presença dele.
- Rum, rum... - Piguarreei para limpar a voz. - Tenho que ir agora. Obrigada pela ajuda. - Agradeci sem jeito, já me preparando para sair dali o mais rápido possível, quando a voz grave do Renan me parou.
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Um Bad Boy em minha vida
Teen FictionMaria Alissa Ferrasi, 17 anos, é uma adolescente brasileira de descendência italiana que vê sua vida mudar quando conhece o seu cunhado Renan Castilho, 19 anos, um bad boy tatuado, desbocado e dono de um sorriso malicioso que deixa qualquer garota d...