Capítulo 13

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|Pov Lissa|

(Sem revisão)

Observei em câmera lenta o Rafa caminhar até mim e me abraçar. Não consegui mover um músculo sequer, nem mesmo para retribuir o abraço.

—Oi, namorada!

—O-oi... O que você está fazendo aqui? —Perguntei, fazendo-o erguer uma sobrancelha.

—Você não está feliz em me ver? —Inquiriu ele, parecendo magoado.

Eu pisquei e olhei em volta, vendo que a platéia tinha se dissipado.

—Só estou surpresa. —Falei sincera. —Você não devia estar na faculdade? —Havia um leve toque de acusação no meu tom de voz.

Ao me ouvir, ele sorriu travesso.

—Devia, mas não estou. —Respondeu tranquilamente, como se aquilo não tivesse importância alguma.

Analisei sua resposta e em seguida o encarei de cima à baixo, me perguntando se ele também tinha problemas de múltipla personalidade, como o irmão dele. Eu estava na frente do meu namorado, mas não o reconhecia.

—Você está me dizendo que matou aula para vir me ver? —Perguntei chocada.

O Rafa balançou a cabeça, confirmando.

Um onda de risos estremeceu o meu corpo. O Rafa nunca, em hipótese alguma, perdia uma aula. Ele já tinha chegado a ir para a escola com 39 graus de febre. Era até difícil acreditar que ele havia 'cabulado' aula praticamente sem motivo, principalmente ver que ele estava fazendo pouco caso sobre isso.

—Rafael Castilho matando aula... Não pensei que viveria para ver algo assim. —Falei sem acreditar.

Ele deu de ombros e sorriu.

—Para tudo tem uma primeira vez. Além disso, faltar a aula de cálculo de vez em quando é saudável. —Brincou descontraído.

—Quem é você e o que você fez com o meu namorado? —Perguntei rindo, ainda incrédula.

O Rafa, por sua vez, ficou sério e me fitou com certa irritação. 

—Eu estava preocupado com você, Lissa. Por que não respondeu as minhas mensagens nem retornou as minhas ligações? —Questinou ele, como eu deveria ter imaginado que faria e me deixando sem resposta.
Fui obrigada a pensar rápido. Olhei para a Mila que estava ao meu lado à dois minutos atrás, mas a traidora tinha aproveitado o meu momento de distração para fugir de fininho no meio dos alunos que saíam da escola.

Sem minha amiga para me ajudar, olhei para o céu em busca de inspiração divina e depois voltei a olhar para o meu namorado que aguardava uma explicação minha.

—Meu celular caiu na privada e eu não tive tempo de comprar outro ainda... —Falei a primeira coisa que me veio à mente, rezando para parecer suficientemente convincente.

O Rafa abriu a boca, surpreso com a minha resposta.

—Você visualizou uma das mensagens. —Acusou ele.

—Sim, mas estava tarde e resolvi responder no dia seguinte, que seria ontem, no caso. Só que eu não contava que o meu celular fosse parar nos esgotos da cidade. Foi em um banheiro público, nem mesmo o chip eu consegui salvar... —Menti e pisquei inocentemente.

Ele me analisou sério, mas em seguida suspirou aliviado e sorriu para mim.

—Eu fiquei tão preocupado. Até liguei para a sua mãe, e quando ela disse que tinha viajado, deixando você sozinha eu decidi que precisava vir até aqui para saber se você estava bem. —Confessou, sendo um fofo como sempre. Ele tinha ligado pra minha mãe para perguntar sobre mim e perdera um dia de aula para vir até Santos ver como eu estava! 

Um Bad Boy em minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora