Capítulo 14 (Parte 2)

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|Pov Lissa|

(Sem revisão)

Quando Mila finalizou o beijo e se afastou do Gustavo, tive vontade de aplaudi-la. Que orgulho eu tinha daquela garota!

O Gustavo estava meio desnorteado depois do beijo, mas pelo sorriso, a surpresa havia sido bem agradável.

—Alguém pode me explicar o que acabou de acontecer? —O Rafa perguntou confuso, assim como a maioria dos espectadores que presenciaram a cena.

Mila e eu começamos a rir e o Gustavo só deu de ombros, também não entendendo nada.

—Eu sei que sou irresistível, só não sabia que era tanto assim. —Comentou brincalhão, arrancando risos meus e do Rafa.

Mila rolou os olhos, sentando no mesmo local onde estava antes.

—Admiro sua modéstia, Sr. Irresistível. —Comentou com ironia.
E falando isso, piscou para ele.

Eu ri novamente, analisando os dois e torcendo pelo casal #MiGusta. Eles formavam um belo par.

Olhei na direção onde o Fernando estava um minuto atrás, mas não o encontrei. Com sorte ele havia assimilado o recado e ido embora para casa, pensei, torcendo para que isso tivesse acontecido de fato.

—Cantei ou não cantei melhor que a loirinha? —Mila perguntou, ganhando a minha atenção. Havia presunção em seu tom de voz.

—Okay, eu admito: você ganhou a aposta. —Admiti a derrota.

Por dentro meu sangue gelou só de pensar em ter que cumprir o que eu havia prometido, caso ela vencesse.

Como eu poderia imaginar que ela cantava tão bem, ora bolas?!

—Agora é a sua vez de cantar, Lissa. E nem adianta dizer que não vai. Você prometeu!

—Mas eu não sei cantar! —Falei entrando em pânico ao imaginar todas aquelas pessoas olhando para mim, principalmente depois de duas cantoras quase profissionais terem dado um verdadeiro show. Isso faria da minha apresentação ainda pior.

Mila riu ao ler o desespero na minha expressão.

—Calma, amiga!  Você canta super bem. Eu mesma já ouvi você cantando. —Ela tentou me encorajar.

—Acho melhor não...  Por favor, eu faço qualquer outra coisa, menos cantar em público... —Supliquei.

—Nada disso!  Você vai cantar sim...

—É amor! Eu nunca ouvi você cantar.
—Acusou o Rafa, se juntando à Mila.
—Faça isso por mim. —Pediu ele, segurando minha mão sobre a mesa.

Não tive como fugir. A insistência da Mila, juntamente com o pedido do Rafa me desarmaram por completo.
Suspirei e resolvi enfrentar o meu medo. Eu ainda podia usar a tática da vergonha alheia, não era mesmo?

Imagine que todos os clientes estão de roupas íntimas. Mentalizei e fiquei de pé, tendo as pernas tremendo como madeira verde.

—Okay, eu vou! —Me dou por vencida. —Mas que fique claro que não faço isso de livre e espontânea vontade. —Falo chateada.

Mila estava empolgada e bateu palminhas.

—Vamos!  Vem comigo.

Olhei para o Rafa em um pedido silencioso de socorro. O traidor apenas riu e deu de ombros, me deixando ser arrastada por aquela que se dizia minha melhor amiga, mas que amava me ferrar. Mila me levou até o bar e pediu para o Lucas preparar um drink. A bebida que ele trouxe era rosa, como a que ela havia tomado antes de subir no palco improvisado.

Um Bad Boy em minha vidaWhere stories live. Discover now