Um Bad Boy em minha vida

Capítulo 27 (Parte 2)

|Pov Lissa|

(Sem revisão)

O Renan estava me esperando duas quadras antes da minha casa, como havíamos combinado por mensagem na noite passada. Como de costume ele estava inteiramente vestido de preto, e essa cor o deixava incrivelmente sexy.

---Oi! ---Falei assim que subi na garupa da moto.

---Você demorou. ---Ele acusou, entregando-me o capacete.

---Eu sou mulher. ---Falei em tom de explicação. ---Tenho que fazer jus à fama de que demoramos para nos arrumar. ---Defendi-me divertida.

Antes de vir encontra-lo, passara em casa para tirar o uniforme da escola e vestir algo mais casual e confortável, mas isso não levou mais que cinco minutos. Ele estava exagerando ao dizer que eu te tinha demorado.

---Uma garota como você não precisa perder tempo se arrumando. Vai estar linda até vestida em um saco de batatas. --- Falou ele, para a minha total perplexidade.

Não era a primeira vez que ele me elogiava, mas dessa vez foi diferente. Antes eu o via como meu cunhado babaca e irritante; Agora ele passara de cunhado para 'ficante' e o conceito que eu tinha sobre ele mudara completamente. Portanto, aquele elogio inesperado não só me deixou feliz, como também incrivelmente tímida.

---Obrigada. ---Falei com as bochechas coradas e ele sorriu, percebendo meu desconforto.

---Está pronta? ---Ele perguntou, mudando de assunto.

Soltei um suspiro de alívio, enquanto arrumava o capacete e o abraçava por trás.

---Pronta. ---Confirmei, e, no momento seguinte, já estávamos em movimento pelas ruas de Santos.
******
Quando o Renan estacionou a moto na garagem de um edifício de classe média, próximo ao centro da cidade, voltei a suspirar de alívio.

Pelo menos ele não me trouxe a um motel, disse para mim mesma em pensamento.

Assim que ele estacionou a moto, me abraçou pela cintura e me guiou até o elevador, cumprimentando alguns funcionários no caminho, o que me levou a concluir que aquela não era a primeira vez que ele ia até aquele lugar.

Entramos no elevador, junto com mais duas mulheres que praticamente babaram no Renan, mas, para a minha satisfação, ele nem pareceu notar a presença delas.

Quando o elevador parou no quinto andar, ele me guiou por um corredor longo, até chegar em frente ao apartamento 78, onde parou. Em seguida, tirou uma chave do bolso da jaqueta de couro e abriu a porta, dando passagem para que eu entrasse primeiro.

Em nenhum momento ele disse alguma palavra.

O interior do apartamento me surpreendeu: havia um sofá, uma mesa de centro e uma TV acoplada na parede da pequena sala, que tinha certo charme; Ao lado, havia um balcão delimitando a cozinha que, apesar de pequena, era bastante compacta. Havia ainda um pequeno corredor e uma porta, que supus ser a porta do quarto.

Era um apartamento simples, aconchegante, e, pela decoração e as cores vivas nas paredes, eu podia apostar que pertencia à uma mulher.

---E então, o que achou? ---O Renan perguntou atrás de mim e eu me virei
para fitá-lo.

---É um apartamento compacto e aconchegante. Eu gostei. É de alguma amiga sua? ---Foi impossível esconder o ciúme e a desconfiança explícitos naquela pergunta.

Ele não pediria o apartamento de uma ex-ficante para tirar a virgindade da atual, pediria?!

O Babaca ergueu uma sobrancelha e cruzou os braços sob o peito.