Um Bad Boy em minha vida

Capítulo 32

|Pov Lissa|

(Sem revisão)

—Lissa, você quer namorar comigo?

De todas as formas que eu poderia reagir diante dessa pergunta, escolho a menos provável: começo a rir de nervoso, pois esse pedido repentino de namoro só pode ser algum tipo de piada.

—O que tem de tão engraçado no meu pedido?  —Ele ergue uma sobrancelha. 

Diferente de mim Renan está sério, sem qualquer vestígio de humor.

—Você acabou de me pedir em namoro! —Falo como se fosse óbvio.
—E você, Renan Castilho, não namora. —Explico, gesticulando.

Renan anui em silêncio.

Estou esperando que ele comece a rir de sua piada, mas isso não acontece. 

—E se eu te dissesse que estou falando sério? Que realmente a pedi em namoro. Você aceitaria? —A pergunta me pega de surpresa. Renan parece estar ansioso e inseguro de uma maneira que é atípica dele. É então que a ficha cai, junto com o meu queixo e o meu corpo, se eu não tivesse segurado na parede em busca de apoio.

Olho para o Renan, tomada pelo choque.

—Você está falando sério?! — Não disfarço a incredulidade.

Renan Castilho, o bad boy tatuado que não gosta de rótulos quanto o assunto é relacionamento, acaba de me pedir em namoro.

Dá pra acreditar?! 

—Você e eu estamos juntos e em um relacionamento monogâmico. — Ele dá de ombros. —Não é assim que são os namoros?

Sim, mas 'namorar' envolve sentimento. Amor, paixão. Só atração física não basta. —Quero dizer, mas opto por ficar calada.

Não estrague o momento!

—Então quer dizer que já éramos namorados? — Pergunto nervosa. Sinto que meu coração pode sair pela boca a qualquer momento.

—Na prática, sim. Só faltava um pedido formal. —Não deixo de notar que ele disse "faltava".

Isso quer dizer que não falta mais!

—Uhm... E porque está me pedindo em namoro agora? —Pergunto insegura.

—Para que os babacas saibam que você tem dono. Isso vai evitar várias caras quebradas. —Ele responde, dando de ombros, como se não tivesse dito nada demais.

—Para que os babacas saibam que eu tenho dono. —Repito as palavras, com sarcasmo. —Como você romântico! —Debocho, fazendo-o rir.

—Eu não sou um cara romântico, Lissa. Não espere que eu diga coisas bonitas, nem que eu te dê flores, pois isso não faz parte da minha personalidade. —Ele avisa. —Mas você me faz querer ser um cara melhor. Estou abrindo mão da vida de solteiro para tentar um relacionamento sério. —Diz rindo. —Se me dissessem há alguns meses que eu pediria uma garota em namoro, eu teria rido na cara da pessoa. Mas é diferente com você, mesmo sem eu ter te fodido ainda. — Confessa, sorrindo de lado. A última parte deixando-me vermelha de vergonha.

"É diferente com você."

Repito mentalmente essa frase, perguntando-me em silêncio o que ele quis dizer com isso.

—E então? —Pergunta buscando os meus olhos e quando os encontra, sustenta o olhar.

Estou tão nervosa que tenho medo de vomitar na frente dele. Isso acontece comigo às vezes.