Capítulo 37

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|Pov. Lissa|

(Sem revisão)

Engasgo com a bebida e devolvo o copo ao balcão, sem acreditar no que estou vendo: dessa vez, Renan cochicha algo de volta no ouvido da ruiva tatuada, que joga a cabeça para trás, rindo de uma forma que teria ecoado pelo salão caso a música não fosse tão alta.

Provavelmente estão cochichando as coisas obscenas que vão fazer depois que saírem daqui, penso, engolindo o nó que ameaçava se formar na minha garganta.

Idiota, safado, cretino! Como fui ingênua quando acreditei que ele podia se apaixonar por mim...

Raiva, mágoa e ciúme se mesclam em mim, transformando-me em uma bagunça de sentimentos e, antes que eu possa me parar, me vejo caminhando até a área vip, onde os dois estão.

—Ei, moça, você precisa de um passe vip para entrar aqui. —Um segurança de mais de dois metros de altura se coloca na minha frente como uma barreira, quando tento passar.

Praguejo em pensamento. Não tinha lembrado desse pequeno detalhe.

É claro que não tenho um passe vip.

Suponho que você não tenha um, não é mesmo? —Ele fala com uma sobrancelha erguida, lendo a minha expressão.

Abro a boca para responder, quando sinto alguém passar um braço pelo meu ombro, como se fôssemos íntimos.

—Ela está comigo. —Um rapaz tatuado, com piercing no supercílio,  entrega um cartão para o segurança, que dá uma rápida olhada, mudando de postura imediatamente.

—Ah, claro. Divirta-se, Sr. D'Ávila. —Diz, devolvendo o cartão ao rapaz de sobrenome D'Ávila e em seguida olha para mim em um pedido silencioso de desculpas, que me leva a crer que o rapaz é alguém importante. —Divirta-se, senhorita.

—Uhm... Obrigada. —murmoro por educação, vendo-o dar passagem para que possamos entrar.

—Miguel D'Ávila. —O rapaz fala para mim, quando nos afastamos do segurança. Demoro um pouco para perceber que ele está se apresentando e que devo fazer o mesmo.

—Lissa. —murmuro com amargura, olhando para a mesa onde Renan e a Ruiva Tatuada estão absortos no que parece ser uma conversa muito engraçada, porque os dois não param de rir. Agora vejo que há mais dois caras com eles, em volta de uma mesa repleta de bebidas, mas eles não participam da conversa.

Volto minha atenção ao desconhecido que continua com o braço no meu ombro, sentindo-me incomodada com a proximidade.

—Obrigada por ter me ajudado a entrar na área vip, mas preciso ir embora. —Agradeço, tentando me desvencilhar do abraço dele.

O imprevisto com o segurança deu-me tempo para pensar com mais clareza e agora tudo que quero é voltar para casa, para a minha cama de onde não deveria ter saído e esquecer o Renan, por mais difícil e doloroso que isso possa ser. Serei eu a parar de responder as mensagens dele, então ele provará do próprio veneno.

No entanto, Miguel continua com o braço em volta de mim e não parece ter a intenção de tirá-lo de lá tão cedo.

—Relaxa, gata. Já que está aqui, aproveita. —Pisca para mim, com seus olhos incrivelmente verdes. —Vem comigo. Quero te apresentar aos meus amigos...

—Desculpa, mas eu realmente preciso ir... —Começo a protestar, mas ele já está me guiando por entre algumas pessoas que dançam ao som de AronChupa - I m an albatraoz.

Meu desespero aumenta quando percebo que ele está me levando direto para a mesa onde Renan está com sua nova conquista e finalmente me dou conta de quem são os tals amigos de quem ele estava falando...

Um Bad Boy em minha vidaWhere stories live. Discover now