Capítulo 29

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|Pov Lissa|

(Sem revisão)

Ps.: Diferente dos capítulos que venho postando, esse está escrito no tempo presente.

Boa leitura!

Mila e eu estamos na fila para entrar na boate, tem apenas uma garota (com uma fantasia bizarra de tomate) na nossa frente e, para piorar a situação, estou quase sendo encoxada pelo cara vestido de pirata, logo atrás de mim.

—Mila! —Falo por entre dentes, tentando chamar a atenção da minha melhor amiga. Não consigo esconder o nervosismo.

—Relaxa, amiga! Tenho tudo sob controle. É só você confiar em mim, que tudo vai dar certo. —Ela promete e não tenho outra coisa a fazer, se não confiar nela. Mila sempre tem planos loucos, mas devo admitir que, sempre que confiei nela, seus planos nunca me decepcionaram.

—Tudo bem. Vou tentar relaxar. —Murmuro para mim mesma, na esperança de que a fantasia e a máscara impeçam o Roberto de me reconhecer.

—Próximo. —A voz do Beto me causa um arrepio nada bom.

Permaneço congelada onde estou, mas Mila me puxa pela mão, obrigando-me a ir com ela.

—Seus nomes estão na lista vip? —Ele pergunta profissionalmente, educado, embora estivesse visivelmente tediado.

Meu coração acelera, enquanto espero ansiosamente para saber qual o plano da Mila.

—Não, somos convidadas comuns. —Ela responde naturalmente, deixando a voz mais doce que o normal. Logo percebo que ela mudou de tática e, ao invés de seduzi-lo, fazendo a linha de mulher sexy e fatal, Mila pretende convence-lo de que é uma moça pura, responsável e incapaz de se meter em confusão.

Enquanto ela responde, eu faço cara de paisagem, olhando para os lados fingindo ser tímida.

—Ótimo. Os convites, por favor. —Beto estende a mão para pegar os convites e arqueia uma sobrancelha quando nenhuma de nós duas se move.

—Então... Esse é o problema. Minha amiga e eu fomos roubadas quando estávamos vindo para cá. Os ladrões levaram nossas bolsas e os convites estavam dentro. —Mila explica, pondo em prática o que aprendeu durante o período que estudou artes cênicas. Ela é uma ótima atriz.

—Eu realmente sinto muito. —Diz Roberto, como quem lamenta. —Mas, sem o convite, vocês não tem permissão para entrarem na festa. —Ele completa, deixando claro que a história contada pela Mila não o convenceu. —Próximo... —Ele chama e, de certa forma, me sinto aliviada.

—É uma pena. Eu realmente queria muito ir a essa festa. —Mila suspirou dramaticamente. —Vamos embora, Lissa.

Pisco confusa, quando ela começa a se afastar da fila. Eu a conheço e sei que ela não é de desistir fácil.

—Ei! Esperem! Lissa, é você? —Beto segura o meu braço, impedindo-me de ir embora. Enquanto isso, Mila dá meia volta e logo entendo que tudo isso faz parte do plano dela.

—Oi, Beto... —Falo dissimulada, sorrindo amarelo.

—Oi! Por que não falou que era você antes? —Pergunta descontraído e sorridente, como se fôssemos melhores amigos. O tédio que ele demonstrava sentir alguns segundos antes, tinha desaparecido por completo.

—Er... —Pigarreio. —Foi uma indelicadeza minha. Me desculpa.

Ele sorri.

—Não tem porque se desculpar. Eu que peço desculpas por ter impedido a entrada de vocês. —Ele coça a cabeça, envergonhado. —São ordens que eu tenho que cumprir. Mas agora que eu sei que é você, não vejo problema nenhum em deixar vocês entrarem. Além disso, eu te devo uma. —Ele pisca para mim e, de soslaio, posso ver Mila me olhando com uma expressão interrogativa.

Um Bad Boy em minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora