Um Bad Boy em minha vida

Capítulo 12 (Parte 2)

|Pov Lissa|

(Sem revisão)

No dia seguinte, na escola...

---Você está me dizendo que o Bar-Man Gato é o irmão da Sucuri Vertical?!—Mila perguntou quando caminhávamos em direção à sala de aula.

Não consegui esconder o riso ao ouvi-la chamar a Monique pelo apelido nada carinhoso que tínhamos lhe dado na oitava série.

---Pois é! Também fiquei surpresa quando descobri.

---Eu nem ao menos sabia que a Monique tinha um irmão. ---Disse ela.

---Eu sabia. Quando a Monique e eu éramos amigas ela chegou a me mostrar algumas fotos dele. Eles são só meio irmãos. O Gustavo é fruto do primeiro relacionamento do pai da Monique. O fato é que ele está muito diferente do que eu me lembrava de ter visto nas fotos que a Monique me mostrava. Por isso não reconheci. ---Expliquei.

---Só nos resta torcer para que a influência genética dele seja maior do lado materno que do lado paterno.---Mila brincou e nós duas rimos.

---Então você não se importa? ---Perguntei com uma sobrancelha erguida.

Mila revirou os olhos.

---É claro que não me importo. Que culpa ele tem de ter a Monique como irmã, o coitado?

Ela tinha razão.

Suspirei de alívio ao ouvi-la.

---Então o jantar entre amigos ainda está de pé? ---Perguntei só para confirmar.

Minha amiga sorriu.

---Mas é claro que está! Estou ansiosa para esse jantar, por sinal.---Respondeu com um sorrisinho enigmático que me fez pensar o que ela estaria tramando.

---O que se você está aprontando, Srta. Moreira? ---Perguntei, cruzando os braços sob o peito e a analisando com atenção.

Mila piscou com uma falsa inocência que não me convenceu.

---Eu? Aprontando? Longe de mim...---Se defendeu.

---Acho bom mesmo. ---Falei após lançar um último olhar repreensivo em sua direção.

Entramos na sala logo depois e caminhamos para os nossos respectivos lugares. Foi então que de relance eu pude vê-lo. Renan tinha trocado de lugar, estava sentado três fileiras à esquerda depois mim, bem ao lado da Monique, que estava toda sorrisos para ele.

Não entendi muito bem o que senti quando vi os dois conversando de maneira tão íntima e descontraída. A Monique com certeza estava interessada nele, afinal, quem não estava? Mas ver que ele retribuia o interesse me incomodava de uma forma que não deveria incomodar. Não fazia sentido.

Senti uma sensação ruim no estômago, bem como uma súbita vontade de chorar.

Chorar? Mas chorar por que? Ele nem é nada seu, sua idiota!

Meu subconsciente tinha razão. Eu não tinha motivos para me sentir daquela forma, mas não pude evitar. Parte de mim se sentia traída.

Sim, traída!

Eu odiava ter que admitir mas, no fundo, eu queria que ele estivesse sentado no lugar ao meu lado, que sorrisse daquela forma irritante ao me ver e dissesse alguma coisa idiota pra me provocar.

Eu sei! Só posso estar ficando louca...

Sentei no meu lugar e me obriguei a prestar atenção na aula que começou alguns minutos depois. No entanto, mesmo me esforçando, flagrei-me encarando o Renan diversas vezes enquanto a professora explicava um assunto que eu não fazia ideia do que se tratava. Ele não estava com o semblante de quem passou todo o dia anterior deitado em uma cama com quarenta graus de febre e comendo a canja de galinha da Maria.
Pelo contrário, ele parecia bem; Bem demais até, analisei em silêncio. Essa constatação me levou a crer que ele não faltou a aula por ter pego um resfriado após ter se aventurado até a minha casa em meio a um temporal, conclusão essa que me deixou aliviada e ao mesmo tempo intrigada.
O Babaca não olhou na minha direção uma vez sequer. Ele estava me ignorando e o fazia conscientemente e de propósito!