Capítulo 24

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|Pov Lissa|

(Sem revisão)

—Como você conseguiu entrar aqui se o portão está fechado. —Perguntei ao Renan, alguns minutos depois de tê-lo beijado.

Estávamos sentados no sofá da sala, um ao lado do outro, conversando de uma maneira civilizada e amigável.

—Simples: pulei o muro. Não é tão alto assim. O mais difícil foi enganar o cachorro, mas nada que um saco de rosquinhas não pudesse resolver. Que belo cão de guarda você tem, heim?
—Ergueu uma sobrancelha. Um sorriso divertido e jovial brincava nos seus lábios. Ele parecia até outra pessoa.

Eu bufei, mas ri também.

—Brutos costuma ser mais feroz. Acho que ele gostou de você, ou talvez tenham sido mesmo as rosquinhas...
—Ponderei descontraída.

—Brutos?

—É o nome dele. —Expliquei.

Ele jogou a cabeça para trás e começou a rir com vontade, deixando-me confusa.

—Brutos. —Repetiu em voz alta. —Que nome bizarro. Agora entendo por que o cachorro não é muito amigável. Deve ser um verdadeiro trauma ser chamado assim... —Falou solidário e compreensivo, referindo-se ao cão da minha vizinha.

Eu ri.

Quando a Bethy foi escolher o nome para o filhote de buldogue fofo e gordinho, dei várias sugestões de nomes. Até pesquisei em um site de busca, mas Bethy foi irredutível.

Lembro como se fosse hoje quando ela me recebeu toda sorridente no portão de sua casa, com o filhote no colo e anunciou com os olhos brilhando de felicidade:

Tenho um nome perfeito para o meu filhote!

Na época, eu imaginei que ela tinha decidido entre os cinco nomes que tínhamos separado no dia anterior: Bob, Tob, Bethoven, Spike e Jake.

Lembro de ter olhado para ela com os olhos brilhando de expectativa.

Qual nome a senhora escolheu? —Perguntei ansiosa. Dois anos atrás, Bethy não se incomodava em ser chamada de 'senhora'.

Ela olhora para o cachorro em seus braços e em seguida para mim.

Ele se chamará Brutos. Você não acha que combina com ele?! —Embora ela tenha usado um tom de pergunta, aquilo era uma constatação. Bethy só queria que eu confirmasse.

Ao ouvir o nome, meu sorriso murchou e fiz uma careta quase impercetível, lamentando pelo pobre cachorro.

Eu a conhecia bem o suficiente para saber que nada que eu dissesse a faria mudar de ideia.

Nossa... Super combina. Parece que o nome foi feito pra ele. —Menti, confirmando. Essa foi minha única 'contribuição' na escolha do nome.

Foi o que eu pensei. —Ela dissera, tão feliz e satisfeita com a escolha, que não tive outra saída a não ser aceitar e me acostumar com o nome um tanto incomum.

—Maria Alissa?

Pisquei ao ouvir meu nome sendo chamado e voltei para o presente, olhando para o Renan. Ele me encarava com certa curiosidade.

—Em que você estava pensando? Na morte da bezerra? —Questionou bem humorado.

Eu no entanto, estava intrigada.

—Do que você me chamou?

Minha pergunta pareceu surpreende-lo.

—Maria Alissa. É o seu nome. —Falou o óbvio.

Um Bad Boy em minha vidaWhere stories live. Discover now