Capítulo 50 (Último capítulo)

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|Pov Lissa|

Vocês não leram errado! Haha! Leiam a nota no final, depois que terminarem de ler o capítulo. 😉
Boa leitura! 😊
☆ Sem revisão ☆

— Cuida bem dela, por favor. — Pedi a Nanci, enquanto a abraçava para me despedir. Ela era uma das vizinhas que ficara encarregada de cuidar da Bethy na nossa ausência.

— Pode deixar. Vou cuidar da Bethy como se ela fosse minha avó. — Prometeu Nanci, deixando-me mais tranquila.

Nanci e Tânia, vulgo "A-Mulher-Dos-Bobes", tinham se prontificado para cuidar da Bethy, tão logo souberam que mamãe e eu iríamos viajar. No começo, achei aquela atitude bastante  suspeita; Desconfiava que as duas só estavam interessadas em descobrir o destino da nossa viagem, para poderem espalhar, em primeira mão,  a informação pelo bairro. Foi Mamãe quem resolveu lhes dar um voto de confiança, aceitando a ajuda, mas depois de ver a admiração e o carinho que elas tinham pela Bethy, fui obrigada a admitir que as tinha julgado mal.

Apesar de fazerem parte do Clube da Fofoca e de terem idade para ser filhas e não netas da Bethy, como insistiam em dizer, até que elas eram bem legais.

Afastei-me de Nanci para poder abraçar Tânia e, em seguida, com o coração apertado, aproximei-me de Bethy, que tomava chá na sala.

— Quer um pouco de chá antes de ir, filha? — Perguntou-me com a voz mais rouca que o normal, mas com o mesmo sorriso gentil de sempre.

O nó em minha garganta apartou.

— Obrigada Bethy, mas eu preciso ir.
— Neguei, ajoelhando-me ao lado dela e segurando sua mão. — Obrigada por tudo. Nunca vou esquecer o que a senh... — balancei a cabeça e corrigi-me: — o que você fez por mim. — Completei emocionada, tentando transmitir toda a gratidão que eu sentia, por meio daquelas palavras.

— Você não tem nada que agradecer, minha filha. Até por que sua mãe se encarregou de fazer isso, alguns minutos atrás. — Falou séria, em tom de acusação, lançando um olhar furtivo em direção à minha mãe, que sorriu atrás de mim. Sorri também. — Mas, como eu disse a ela, sou eu quem tenho que agradecer. Quero agradecer por toda atenção que você deu a essa pobre velha, desde que me mudei para cá; Agradecer pela preocupação e pelo carinho que sua mãe e você sempre tiveram para comigo... Ah, e quero agradecer principalmente pelas xícaras de chá que você aceitou de bom grado, só  para me agradar, quando sua mãe me confessou que você odeia chá. — Disse por fim, descontraída, apesar dos olhos cheios de lágrimas e da voz embargada pelo choro.

Eu também chorava.

— Mãe! — Exclamei chateada, em tom de repreensivo e mamãe sorriu, secando as próprias lágrimas.

— Deixei escapar sem querer. — Defendeu-se ela. 

Eu sorri e voltei minha atenção para Bethy, que secava o rosto rapidamente com um lenço.

— Maldito cisco esse que entrou no meu olho. — Falou em tom de explicação, mas sua voz a traía, partindo-se enquanto ela falava.

O nó em minha garganta impedia-me de falar, então fiz a única coisa que consegui fazer: inclinei-me sobre ela e a abracei, tentando transmitir todas as palavras não ditas através daquele abraço. Queria que ela entendesse que não tinha motivos para me agracer, por que visitá-la nunca fora uma obrigação; Eu adorava conversar com ela.

Além disso, como uma fã declarada dos bolinhos de chuva que só ela sabia fazer, eu podia afirmar que eles compensavam todas as xícaras de chá que eu tomei.

— Querida, o táxi já está nos esperando. — Mamãe avisou, tocando o meu ombro carinhosamente.

Separei-me do abraço e sorri para Bethy, por entre as lágrimas que caíam incontroláveis pelo meu rosto.

Um Bad Boy em minha vidaWhere stories live. Discover now