|Pov. Lissa|
(Sem revisão)
Depois de sairmos do apartamento, uma hora mais tarde, passamos na farmácia para comprar a tal pílula do dia seguinte, também conhecida como a pílula da irresponsabilidade adolescente.
Me recuso a entrar na farmácia com o Renan, que também não parece nada confortável com a idéia de pedir a pílula no balcão, mas acaba indo mesmo assim. Quando retorna, seu rosto está vermelho e ele está visivelmente constrangido e carrancudo.
—A balconista me olhou feio e me deu um sermão nada discreto. —Ele explica, entregando-me uma cartela com uma única pílula no centro. Enfio a pílula dentro da minha bolsa, rapidamente, olhando para os lados como se tivesse acabado de cometer um crime.
—Uhm... Obrigada. —Falo para ele que coloca, apressado, o capacete na cabeça.
—Acho melhor você começar a tomar o anticoncepcional. —Renan sugere, sério. —Nem fodendo volto aqui para comprar essa pílula se nos empolgarmos novamente e acabarmos esquecendo a camisinha.
—Fala em tom de aviso, enquanto sobe na moto. Faço o mesmo, abraçando-o pela cintura e, um minuto depois, estamos em movimento por entre os carros em uma rua bastante movimentada.Durante o percurso, analiso a sugestão e acabo chegando à conclusão de que o anticoncepcional é a melhor opção, além de ser a mais segura.
—Vou procurar uma ginecologista, ainda essa semana. —Prometo para o Renan, entregando-lhe o capacete assim que ele para a moto, um quarteirão antes da minha casa.
—É o melhor a se fazer. —Ele aprova, tirando o próprio capacete, colocando-o debaixo do braço e "arrumando" o cabelo com a mão livre. Em seguida, lança-me um sorriso safado que deveria ser ilegal.
—Essa tarde foi maravilhosa, Vermelhinha. Quero repetí-la em breve. —Renan pisca para mim, deixando-me corada.—Tchau, Renan. —Falo revirando os olhos para ele, que ri se divertindo com a minha reação.
Me despeço dele com um beijo no rosto, vejo-o recolocar o capacete e espero até que ele dê partida na moto para começar o curto percurso até a minha casa, segurando firmemente a alça da minha bolsa.
Quando finalmente entro em casa, passo na cozinha para dar um beijo na mamãe, mas ao invés dela encontro um bilhete pregado na porta da geladeira.
A janta queimou e eu, seu pai e Cecília decidimos jantar fora hoje.
Na volta trarei algo para você também.Até logo, bebê.
Sorrio assim que termino de ler o bilhete deixado pela pela minha mãe.
Não me surpreendeu nenhum pouco que ela tenha queimado a janta. Não era a primeira vez que isso acontecia e algo me dizia que tampouco seria a última.Pego uma maçã no cesto de frutas sobre a mesa e caminho até o meu quarto, em seguida. Enquanto subo as escadas, o desconforto entre as minhas coxas, fruto da intensa 'atividade' hoje à tarde, não passa despercebido.
—Talvez Renan e eu tenhamos praticado demais... —Penso em voz alta, corando até a raiz do cabelo.
*** No dia seguinte, no Colégio ***
Estou na aula de matemática, que hoje está particularmente chata, fazendo um grande esforço para não dormir e acabar babando em cima das minhas anotações.
Para a minha surpresa, Mila apareceu na aula de hoje, mas fez questão de sentar o mais longe possível de mim. Ela não estava abatida como pensei que fosse estar; seu rosto estava devidamente maquiado e os longos cabelos cacheados se encontravam presos para trás em um rabo de cavalo.
KAMU SEDANG MEMBACA
Um Bad Boy em minha vida
Fiksi RemajaMaria Alissa Ferrasi, 17 anos, é uma adolescente brasileira de descendência italiana que vê sua vida mudar quando conhece o seu cunhado Renan Castilho, 19 anos, um bad boy tatuado, desbocado e dono de um sorriso malicioso que deixa qualquer garota d...