Capítulo 28

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|Pov Lissa|

(Sem revisão)

No dia seguinte, na Praça de alimentação do Shopping...

—Eu não acredito que não rolou!  —Mila disse pela quarta vez, parecendo até mais frustrada que eu. 

Ela estava esperando um relato bem mais sexual, e mesmo que ela tenha rido comigo quando contei da 'guerra de água' e da lasanha queimada, eu sabia que o meu relato tinha a deixado desapontada.

Claro que eu ocultei as partes que achei íntimas ou constrangedoras demais para serem compartilhadas com ela, mas a impressão que eu tinha, era a de que ela ficaria decepcionada mesmo se eu tivesse entrado em detalhes.

—Pois é, não rolou. —Dei de ombros, reafirmando o que já havia dito.

Pelo jeito que a minha melhor amiga me analisava, eu sabia que ela não tinha acreditado que o Renan e eu tínhamos passado a tarde inteira juntos no apartamento dele, mas sem transar. Ela devia achar que eu estava mentindo por vergonha e que, se insistisse um pouco, eu acabaria admitindo o que ela pensava ser a verdade.

Quando finalmente se deu conta de que eu não estava mentindo, suspirou inconformada e largou o garfo no prato, fazendo um barulho nada elegante.

—E tudo por causa de uma maldita lasanha! —Falou exasperada, fazendo-me rir só de lembrar da cena.
—Talvez tenha sido um sinal. —Brinquei, levando uma garfada de arroz até a boca.

—Um sinal de quê? —Mila ergueu uma de suas sobrancelhas bem feitas.

—Um sinal de que devo permanecer virgem e pura até o casamento. —Respondi bem humorada, assim que engoli a comida que tinha na boca.

Mila revirou os olhos.

—Para quem teve a primeira vez frustrada, você parece bem feliz. Se fosse comigo, eu estaria no mínimo chateada. —Ela observou.

—Vai acontecer quando tiver que acontecer. Eu não tenho pressa. Aliás, poderia estar acontecendo neste exato momento, se você não tivesse me feito desmarcar o meu encontro com ela para vir ao shopping com você. —Falei a última parte em tom de acusação. —Falando nisso, por que estamos aqui? Você só falou que era importante, mas não disse o quê.
—Perguntei curiosa, vendo um sorriso perverso surgir no rosto dela.

—Viemos fazer compras, é óbvio. —Ela piscou. —Temos uma festa à fantasia para ir, está lembrada?

—Ahh —O entendimento foi imediato. —Você devia ter me avisado! O dinheiro que tenho comigo mal dá para pagar o meu almoço. —Disse para ela, que revirou os olhos.

—Relaxa! —Ele falou tranquilamente, retirando o cartão de crédito da mãe dela de dentro da mochila.

Meus olhos quase saltaram do meu rosto.

—Camila Moreira, esse é o cartão da dona Elisa! —Falei em tom repreensivo.

—Ei, não me olha com essa cara! Eu não roubei o cartão da minha própria mãe, se é isso que está pensando. —Ela defendeu-se e eu suspirei aliviada. —Eu só peguei emprestado sem ela saber... —Completou como uma criança que fez arte, de uma maneira que teria me feito rir, se não fosse pela gravidade da situação.

—Mila, isso é muito errado... Já pensou o que vai acontecer se a sua mãe der falta do cartão, ou quando a fatura chegar no final do mês?! —Fiz menção de prosseguir com o sermão, mas parei quando a minha melhor amiga começou a rir incontrolavelmente, fazendo com que eu me desse conta de que acabara de ser trollada.

Um Bad Boy em minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora