Capítulo 9

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"Você diz que não me ama, você diz que não me quer

Mas fica pagando pau, qual é que é.

Todo dia seu teatro é exatamente igual,

Você finge que me odeia, mas no fundo Paga-Pau. " 

-Paga Pau -Fernando e Sorocaba


[Vicente]

Sustentei o corpo de Fernanda com um braço enquanto suas pernas contornavam meu tronco.

Com a mão livre enterrei meus dedos em seus fios dourados e sedosos mediante o beijo ficava cada vez mais fora de controle.

Ah, aquela medusa.... estava acabando com o resto de sanidade, se é que me restava alguma no momento.

Não resisti e abandonei seus lábios macios e vermelhos para descer minha boca por trás de sua orelha e automaticamente senti os pelos de sua nuca arrepiarem.

Continuei uma​ trilha de beijos molhados por seu pescoço abaixo sentindo seu corpo vibrar em resposta.

De todas vezes que eu havia imaginado algo remotamente parecido com isso, de longe qualquer coisa faria jus a realidade.

Nada poderia se comparar ao indescritível aroma que Fernanda exalava. Nem o entorpecente mais forte seria capaz de proporcionar tamanha sensação de prazer, do que o contato de meus lábios contra sua pele quente e suave como a seda, onde se exibia um belo conjunto de pintinhas marrons tão claras que mal dava para perceber se vistas de longe. E eu estava tendo o privilégio de contempla-las de pertinho, mas especificamente com a boca.

Meu deus, eu certamente poderia morrer agora, que já me sentiria no paraíso.

Certamente eu não queria parar, não queria que tudo terminasse dessa maneira, com cada um se soltando e indo para lados contrários, não, eu não queria.

Quem estava ali comigo era Fernanda, tão linda e tão... Não sei dizer ao certo. Porque, por mais que eu tenho a observado por algum tempo a distância, eu nunca havia descoberto esse seu lado diferente, puro, entregue.... E eu queria mais disso, mais dessa Fernanda, mais para somente para mim.

Sei que posso estar soando meio obsessivo ou psicótico, mas não é isso. Eu só quero... essa sensação de paz, como se tudo estivesse certo no mundo. Uma sensação tão agradável, tão... prazerosa, que eu seria incapaz de solta-la se fosse possível.

Todavia, como dizem por aí, tudo que é bom dura pouco... 

Ouvi um PIM, alertando o retorno da energia e logo em seguida a porta ser aberta.

Dois funcionários da manutenção estavam do lado de fora observando a porta se abrir. Fernanda deu um pulo em sobressalto e desvencilhou-se de meus braços como se estivessem em chamas. Afastou-se para o lado oposto de mim, e os dois homens fingiram não notar o que estava acontecendo ou o que supunham ter acontecido em suas mentes maliciosas.

-Pedimos desculpas, senhor. Houve uma falha elétrica que ocasionou na interrupção do funcionamento dos elevadores. -um homem de baixa estatura e um grande bigode grisalho explicou.

-Por sorte, não havia ninguém no outro elevador. -o outro, um rapaz magrelo e de cabelos espetados para todos os lados complementou.

Pela visão periférica vi Fernanda sair pela porta mais rápido que um raio.

Levantei o braço na intensão de chamá-la, mas acabei desistindo. O que eu poderia dizer sem que soasse entranho, e em frente a dois funcionários? Nada. Então abaixei o braço novamente e olhei para as duas únicas pessoas presente ali além de mim.

Subordinados -Os Bertottis #2 [Completo]Where stories live. Discover now