Capítulo 41

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[Vicente]

-Eles chegaram! Aleluia! -Isadora gritou saltando sobre os próprios pés e se levantando do chão.

-A culpa é do Vicente, ele consegue demorar mais que você em um simples banho, pelo amor de Deus. -Fernanda alfinetou a irmã ao ir em direção as demais pessoas que haviam ali e nos aguardavam para dar início a aula.

Em um canto do salão espelhado de dança, estavam conversando Kaile, irmão de Fernanda, o advogadozinho de meia tigela, Miguel e sua noiva, minha mais nova prima Arabella.

Isadora e Sofia se encontravam no meio do local juntamente a uma mulher alta e magra que trajava um vestido negro como a noite e tão justo que marcava todas as suas curvas, porém sem ser de um modo vulgar. Seus cabelos​ castanhos​ claro estavam presos em um coque firme no alto da cabeça, deixando a mostra a pele bronzeada de seu pescoço e busto. Apesar de ser uma mulher jovem e de uma beleza estonteante, eu não estava muito interessado nela. Na verdade, minha atenção para sua figura reduzia-se somente a ouvir as instruções necessárias para a atividade que desempenharia dali há alguns minutos.

-Que bom que todos já se encontram presentes. -a mulher que eu supunha ser a professora tomou a palavra. -Meu nome é... -sua explicação foi cortada por uma reclamação sussurrada próxima a meu ouvido.

-Pare de ficar secando a professora e tente pelo menos ouvir o que ela está dizendo. -Fernanda desferiu um tapa em meu braço.

O que? Essa garota é louca? De onde ela havia tirado a ideia de que eu estava secando aquela mulher?

-Você não sabe o que está falando. -eu disse irritado.

-Não se faça de sonso, Vicente. Já passamos dessa fase a muito tempo. -ela revirou os olhos. -Quer saber? Esquece. Só não quero que você destrua os meus pobres pés com sua falta de habilidade e equilíbrio.

-Nossa, quanta confiança no seu parceiro. Tem realmente certeza de quer fazer isso? -eu retruquei bem humorado. -Eu não gosto de dançar.

-... vamos formar os pares, pessoal. -a professora instruiu batendo palmas para chamar atenção​ de todos.

Houve um burburinho e algumas risadas antes que cada um procurasse seu par e se posicionasse nos locais indicados pela professora.

-Vocês dois aí que estão parados! Mexam-se. -ela veio em nossa direção e nos acertou com uma régua de madeira para que nos adequássemos a posição inicial da dança.

-Não nos mate. -Bertotti rosnou em tom baixo para que apenas eu pudesse ouvi-la.

Eu ri em silêncio antes de segurar sua mão na minha, e em seguida deslizar a outra sobre sua cintura estreita e puxar seu corpo contra o meu, seguindo as ordens da professora.

Ao notar que todos já estavam em posição, ela estendeu o controle na direção do aparelho de música e acionou um botão, fazendo com que a voz de veludo de Michael Bublé, soasse através dos auto-falantes distribuídos pelo salão e embalassem nossos corpos.

"Quando o ritmo de marimba começar a tocar

Dance comigo, me faça balançar

-...mantenham o rosto para cima. Nada de cabeça baixa, de olhar para os pés. Encare o fundo dos olhos de seu parceiro. -a mulher instruiu com a voz autoritária.

Como um oceano preguiçoso abraça a praia

Me segure apertado, me balance mais

Subordinados -Os Bertottis #2 [Completo]Where stories live. Discover now