Subordinados -Os Bertottis #2 [Completo]

Capítulo 23

"Segure meu coração, não deixe ele quebrar como o medo
Às vezes um momento é como mil anos
Só Deus sabe por que o amor é banhado em lágrimas
Talvez seja isso que o amor faz
Talvez seja isso que o amor faz"

Heaven Knows (tradução) - Hillsong United

[Vicente]

-Tá, tudo bem. -ela rolou seus lindos olhos cor do céu com um sorriso tímido nos lábios.

Lábios esses que eu ataquei imediatamente. Fernanda abriu-os um pouco dando passagem para minha língua que invadiu explorando cada pedacinho daquela boca macia e doce. Fernanda passou a língua por meu lábio inferior e terminou prendendo-o entre seus dentes brancos e alinhados, ferozes e instigadores. Gemi em resposta aproximando seu corpo do meu em um abraço apertado, urgente, como se quiséssemos nos fundir um ao outro.

-Fernanda... -eu comecei com um tom de alerta na voz.

-Que foi? -ela ronronou manhosa em meu ouvido enquanto suas mãos trabalhavam em despentear meus cabelos e passearem por minhas costas.

Estamos nós dois sozinhos nesse quarto minúsculo, o que já era uma tentação e tanto. E piorava o fato de minha Bertotti estar sentada com as pernas cruzadas ao redor do meu tronco me beijando tão intensamente enquanto estávamos sentados sobre uma cama.

Você tem que entender que há certas situações que um homem não consegue se  controlar e pode acabar​ perdendo a cabeça. Não só o homem, assim como uma mulher também. Ninguém é de ferro, nas veias de um ser humano corre sangue quente e furioso, acrescentado de muitos hormônios.

E eu não queria ultrapassar os limites dela, logo agora que acabamos de nos acertar. Não poderia correr esse risco, não com uma mulher  incrível como Fernanda.

Então foi por isso que, mesmo relutante, fui encerrando o beijo com pequenos selinhos em sua boca rosada.

-É melhor a gente parar por aqui, Bertotti. -dei um último beijo rápido.

-Ai, você é tão chato. -ela bufou escondendo um sorriso.

Fernanda saiu do meu colo e se jogou na cama atrás de nós e se deitou de lado ficando de frente para mim.

-Já está tarde e como você não quer fazer nada mais interessante... -ela arqueou as sobrancelhas maliciosamente. 

-É melhor a gente ir dormir então.  -ela fingiu um bocejo de maneira dramática.

-É verdade. -não respondi a sua provocação e me coloquei de pé.

-Aonde você vai? Fica aqui comigo. -Fernanda deu dois tapinhas no colchão no espaço ao seu lado.

Ponderei se essa era uma ideia sensata, mas logo meus pensamentos foram interrompidos quando meu pulso foi envolvido pelas mãos macias e quentes de minha namorada.

-Ah, vem. Não precisa se preocupar, eu não mordo. -ela piscou um olho para mim.

Por fim acabei cedendo e me ajuntei a ela na cama, me deitando de frente para Fernanda. Ela aproximou nossos corpos ainda mais, passou um braço ao redor do meu tórax e apoiou sua cabeça em meu peito. Inspirei o ar com força sentindo o perfume de rosas do shampoo que ela usava e a fragrância de lavanda, provavelmente de sua colônia corporal.