Capítulo 63

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"Não posso me conter
Ou manter isso em segredo
Porque tenho esse sentimento
De que finalmente encontrei
Eu esperei por você toda a minha vida
E sem rima ou razão
Fui derrubado ao chão"

Till My Heart Stops Beating (Traduzida) -Joe Brooks

[Vicente]

-Bom dia, família! Que mesa de café da manhã mais linda. -eu disse ao entrar na cozinha e dar um beijo estalado na bochecha de minha mãe que estava sentada de frente para meu pai a mesa.

-Você parece muito bem, meu filho. Um bom dia para você também. -meu pai sorriu para mim ao que eu dei dois tapinhas em seu ombro ao passar por ele.

-E eu estou, pai. Graças a...

-...a uma certa loira fatal. -Itan gesticulou com as mãos simulando curvas femininas.

Idiota.

-É melhor você calar essa boca, Itan. Se não quiser que eu o faça de um modo não tão amigável.

-Meninos, por favor. Não comecem. -mamãe pediu enquanto se servia de uma xícara de café.

-Ok, mamãe. Eu faço isso porque sou o melhor e mais carinhoso filho que a senhora tem nessa vida. -ele gracejou. -Papai, o senhor não acha que a Sofia já deveria estar de volta? Faz muito tempo que minha querida irmãzinha não dar o ar da graça aqui nessa casa. -disse agora de modo sério ao bebericar a caneca fumegante que tinha em mãos. 

-Não seja ciumento, meu filho. Por mais que eu como pai, também compartilhe do mesmo sentimento, não posso fazer nada a respeito. Ambos sabemos que sua irmã agora tem uma outra vida e não é certo ficarmos no metendo nela. Por que você não procura um hobby para ocupar seu tempo e sua mente ao invés de azucrinar a vida de Sofia? -papai indagou escondendo um sorriso zombeteiro por detrás da xícara. 

-O senhor é quem sabe. -ele deu de ombros como se não se importasse. 

Mas no fundo ele se importava muito. Na verdade, todos nós nos importávamos e confesso até que me incomodava um pouco o fato de minha irmãzinha caçula ter tocado sua vida adiante com tamanha rapidez. Para mim, Sofia sempre continuaria sendo aquela menininha de longas tranças escuras e grandes olhos infantis que não havia crescido. 

-Mas... se fosse eu em seu lugar, arrastaria ela de volta para casa. O senhor é o pai dela, ora!

-Mas ela já está em casa, meu filho. Na casa dela. -ele afirmou com o rosto refletindo a serenidade que sentia em seu interior.

-Eu quis dizer esta casa, pai. Esta sempre será a casa dela. De todos nós. 

-Ah, meu filho! É tão bonitinho​ ver você assim cheio de saudade da sua irmã. -mamãe apertou sua bochecha em provocação.

-Para com isso, mãe. -ele se desvencilhou de suas mãos. -Bom, já que ninguém leva a sério os meus conselhos nessa casa e sou visto como tolo sentimental, acho melhor eu me retirar. -Itan dramatizou afastando sua cadeira da mesa e se levantou em seguida. 

Subordinados -Os Bertottis #2 [Completo]Where stories live. Discover now