Jade
Dias depois...
Eu não gostei nem um pouco da ideia de Malvadão não cobrar pela casa. Imagina futuramente ele vir jogar na nossa cara isso? Eu hein, não gosto dessas coisas. Mas por outro lado, entendi a Nanda.
A gente já tinha mudado pra casa que seria nossa.
A casa tinha uma pequena varanda na frente, ao entrar tinha uma sala/cozinha americana, uma pequena área de serviço atrás da cozinha. Ao lado da sala tinha um corredor com dois quartos, um de frente pro outro, e um banheiro no fim do corredor.
A casa não era grande, mas também não era pequena. Era confortável, isso que importa.
Nesse momento estamos terminando de arrumar tudo. Nanda e eu juntamos nosso dinheiro e conseguimos comprar tudo direitinho. Porém não sobrou dinheiro pra nada mais. Dandin deu um dinheiro pra Nanda fazer as compras do mês e comprar roupa. Malvadão me deu um dinheiro também, por muito custo eu aceitei. Deu pra comprar umas coisinhas pra mim. Mas eu disse que quando arranjasse um emprego eu devolveria tudo.
Me joguei no tapete da sala exausta.
Nanda: Não sei nem como vou pro baile hoje. – disse sentada no sofá.
Jade: Eu não vou nem me pagando.
Nanda: Deixa de ser velha, bora rebolar essa raba um pouco.
Jade: Eu vou é dormir.
...
Sai do banho, enrolada na toalha. Fui pro meu quarto, encostei a porta. Passei um óleo hidratante no corpo, vesti um shortinho de moletom, um top. Sequei meu cabelo no ventilador mesmo.
Fui até a área estender a toalha. E fui esquentar a janta. Esquentei a lasanha de calabresa com palmito no forno e o arroz. Coloquei um copão de suco, e me servi. Sentei no sofá, e coloquei na minha série. Comi enquanto assistia.
Nanda saiu toda arrumada do quarto, tava linda com um vestido da labellamafia e um saltão no pé. Dandin tava dando maior condição pra ela, dá até gosto de ver.
Jade: Que isso, hein, nem? Esculachou!
Nanda: Hoje eu vou dar meu nome, queridona.
Jade: Quem tem, joga, meuzamigos. – ela riu.
Alguém buzinou lá fora, provavelmente era o Dandin. Ela mandou beijo no ar e saiu.
...
Acordei com meu celular tocando. Acabei cochilando no sofá com a televisão ligada. Atendi o celular.
Jade: Fala... – nem olhei quem era.
Malvadão: Abre aqui.
Jade: Marcelo?
Malvadão: Não, Fernandinho Beira Mar. – disse sem paciência.
Jade: O que tu quer?
Malvadão: Anda, porra. – desligou.
Bufei me levantando e abri a porta.
Ele entrou e se jogou no sofá. Fechei a porta e fui até a ele. Ele me puxou me fazendo cair em cima dele.
Malvadão: Saudade de tu, morena. – encheu meu pescoço de beijos e chupões e apertou minha bunda. Mordi meu lábio tentando acordar pra vida.
Jade: Tua mulher é outra, meu filho.
Malvadão: Para cara, nada a ver isso.
Jade: Tudo a ver, não vou ficar de treta com homem comprometido.
Malvadão: Então po, quem é comprometido sou eu, não é você. Se eu não ligo tu tá ligando por quê? – deu outro beijo no meu pescoço.
Jade: Porque é meu nome que rola na boca do povo depois.
Malvadão: Deixa disso, po. – me beijou.
Af, e mais uma vez eu não consegui resistir ao Malvadão. Filha da puta gostoso do caralho!
Ele me levou até o banheiro onde demos uma foda maluca durante o banho. Acabou que ele iria dormir aqui mesmo. Fomos para o meu quarto, fechei o blackout e liguei o ventilador.
Malvadão: Maior calor.
Jade: O ventilador já tá no máximo.
Malvadão: Vamo ver um ar pra tu, tá doido. – nem discordei, a ventilador não tava sustentando o calor mesmo não.
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Coração sem vergonha.
General FictionA gente passa a vida querendo o muito, quando só o pouco nos faz feliz. E o pouco na maioria das vezes é o muito. O pouco. O pequeno. O minúsculo. Normalmente, nossas vidas sempre mudam drasticamente por causa de pequenos detalhes.