Nanda
Minha vida estava maravilhosa, eu agradeço muito à Deus. Perfeita não, porque nada é perfeito, às vezes tem algumas piranhas que abusam da sorte.
Meu marido é um amor. Me agrada muito, me da de tudo e me mima pra caralho. Cada dia que passa eu me pego mais apaixonada por ele. E agora eu acho que nossa família vai aumentar. Tô atrasada há um mês, e isso nunca aconteceu antes.
Tratei de falar com Jade, minha melhor amiga, minha irmã. Sou muito grata por ter ela na minha vida e se tiver pãozinho no meu forno, a madrinha vai ser ela, tá mais que certo.
Sai do banheiro da casa do Dudu e voltei lá pra fora. E Kerolen estava dançando de graça na frente do Dandin que coçou a cabeça com maior cara de cafajeste. Ah, mas eu vou pintar com os dois.
Já cheguei empurrando ela pro chão e bicando a vagabunda.
Nanda: Tu não fica de graça com meu homem não, piranha! – botei o dedo na cara dela. Dandin me segurou e me puxando dali.
Dandin: Para, cara, parece que é maluca. A mina não tava fazendo nada.
Nanda: E você! – me soltei dele. – Me solta também. Quero nem olhar pra tua cara hoje não, seu otário. Faço tudo por você e você ainda fica de fofoca com outra.
Dandin: Que isso, amor. Que fofoca? Eu não fiz nada.
Nanda: Isso mesmo, tu não fez nada! Deixa macho vir de graça pro meu lado, vou fazer nada também não... – disse prendendo o cabelo. Ele fechou a cara.
Dandin: Na moral, não me tira da graça não, garota.
Nanda: Faz por onde, bebê. Se der bobeira, faço da tua vida um inferno. – pisquei pra ele e sai andando voltando pra perto das meninas. Ia me acabar também, que se foda eles.
...
Tava doida pra beber uísque, mas tava na mesa dos meninos e eu não ia lá pra não olhar pra cara do Daniel.
Nanda: Miga, pega uísque lá pra mim.
Jade: Tu não vai beber uísque não, maluca. Se meu afilhadinho ou afilhadinha tiver ai? – arqueei a sobrancelha. Até esqueci dessa hipótese. Fiz um bico. Ela riu. – Não era nem pra tá exagerando no álcool. Tu comeu?
Nanda: Ihhh, comi, chata. – ri. Ela me mandou dedo. Puxei ela pro abraço. – Te amo, fiel.
Jade: Te amo para um caralho.
Nanda: Um caralho inteiro. – gargalhei.
Jade: Escrota, cara...
Começou a tocar os arrocha, ai já sabem né, Preta puxou o bonde e nós já tava jogando.
Fui pra casa mais cedo. Meus pés estavam inchados pra uma porra e eu tava com uma fome de leão.
Cheguei em casa tirando a sandália e fui direto tomar um banho.
Coloquei uma roupinha confortável e peguei o celular pra pedir um lanche. Pedi dois x-bacon com cheddar e um guaraná de 500ml.
Coloquei um filminho na Netflix pra rolar enquanto eu esperava.
No outro dia eu acordei no quarto. Até estranhei, deve ter sido o Dandin.
Arrumei o quarto e desci pra comer, eita porra de fome.
Dandin estava jogado no sofá assistindo jogo. Passei direto pra cozinha. Tinha quentinha no forno. Peguei e coloquei no prato pra mim. Abri a geladeira e peguei uma garrafinha de guaraviton e abri.
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Coração sem vergonha.
General FictionA gente passa a vida querendo o muito, quando só o pouco nos faz feliz. E o pouco na maioria das vezes é o muito. O pouco. O pequeno. O minúsculo. Normalmente, nossas vidas sempre mudam drasticamente por causa de pequenos detalhes.