Nanda
Cheguei em casa que não tava me aguentando pra contar pro Daniel que nosso bebê é menino. Gente, tava quase explodindo de curiosidade.
Nanda: Poxa, filho, pra que ser tão misterioso assim? Seu pai vai surtar de felicidade. – sorri comigo mesmo enquanto conversava com minha barriga.
Já tinha mandado mensagem pro Dan e fui tomar um banho. Ser grávida da muito calor.
Sai do banho, me sequei, passei perfume de mozão, vesti a cueca de mozão e a camisa de mozão.
Ué, gente, minhas calcinhas tudo me aperta, minhas roupas tudo me aperta, uó.
Fui pra cozinha e coloquei uma pizza pra assar. Marquei o tempo e fiquei na sala esperando Daniel chegar.
...
Ele chegou meia hora depois, me deu um selinho e foi direto pro banho.
Nem demorou muito pra descendo com a toalha no pescoço.
Dandin: E ai?
Nanda: Você tinha razão. – sorri. Ele ficou um tempo olhando a minha barriga e depois deu maior sorrisão.
Dandin: Qual é, CG? – acariciou minha barriga.
Nanda: CG? – fiz careta.
Dandin: Vulgo do meu molecote, pô. Caio Guilherme.
Nanda: Adorei a parte que eu escolhi.
Dandi: Ihhh, qual foi? Para de cutcharra, moleque vai ser o aço. – disse todo bobo. – Já vou até ver uns bagulho na moral pra ele, tá ligada? Umas pipas...
Nanda: Daniel, o menino nem nasceu ainda.
Dandin: Mas vai nascer, ué.
Nanda: Vai demorar um pouco pra ele começar a soltar pipa.
Dandin: Terror nenhum, moleque vai ser precoce.
Nanda: Deus me livre, vira essa boca pra lá.
Dandin: Tá vendo, filhão? Tua mãe é toda mandada, chata pra caralho. – fechei a cara pro Dandin.
Nanda: Ai! – reclamei ao receber um chute do bebê. – Vai com calma, meu amor, assim você machuca a mamãe. – alisei minha barriga. Dan me olhava de um jeito que me passava a certeza de que ele era o homem perfeito pra mim. Ele sorriu e me beijou.
Dandin: Te amo! – disse entre o beijo.
Um cheiro de queimado subiu no ar. Empurrei ele com tudo.
Nanda: Minha pizza! – levantei na dificuldade do barrigão e fui pra cozinha. – Daniel, minha pizza queimou. – fiz bico.
Dandin: Caralho, Blue Ivy, tu é muito burra. – mandei dedo pra ele. – Deixa isso ai, depois eu limpo pra tu, vamos comer lá na rua.
Nanda: Eu vou assim.
Dandin: Negativo, rabo todo de fora. Vai colocar uma calça comprida. – olhei pra ele no deboche e fui pro quarto. Coloquei um top e vesti a camisa dele de novo, vesti um shortinho jeans, o único que estava entrando em mim, que com a blusa mal dava pra ver. Ajeitei o cabelo e voltei pra sala.
Nanda: Let's?
Dandin: Na moral, nem vou falar nada contigo, garota. – levantou de cara fechada e saímos de casa. Ele me deu a mão e fomos andando até a pizzaria que tinha logo perto da pracinha.
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Coração sem vergonha.
General FictionA gente passa a vida querendo o muito, quando só o pouco nos faz feliz. E o pouco na maioria das vezes é o muito. O pouco. O pequeno. O minúsculo. Normalmente, nossas vidas sempre mudam drasticamente por causa de pequenos detalhes.