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Malvadão

Nerd: Essa parada não dá pra descobrir, a ligação que já foi feita, tá ligado? Mas consegui instalar um sensor que capta as ligações agora, tá tudo grampeado, patrão. – disse o menino endireitando o óculos dele.

Maior enrolo, não conseguimos puxar o fundamento dessa parada de incêndio, mas sabemos que alguém aqui de dentro fez isso, porque tá tudo palmeado quem entra e quem sai, ninguém viu movimentação estanha por aqui.

Pedi pro Nerd instalar uma câmera lá na casa que a gente pegava as imagens do matinho.

Tinha alguma coisa que não batia.

Os caras foram pra lá pra palmear algo, segundo Mariella, eles estavam tramando algo. Mas não atacaram, não fizeram nada... E agora recolheram, não estavam mais lá. Alguma merda vai vir por aí... Só que eu sou macaco velho e já mandei geral ficar na atividade.

Naleska atravessou a rua e veio na minha direção. O nerd olhou pra ela, ficou todo nervosinho. Moleque maior cara de virgem que não tem experiencia com mulher. Ri com aquilo. Naleska era uma loira que chamava atenção pela sua beleza e seu corpo.

Naleska: Amor, hoje você pode me dar sua atenção mais tarde na minha casa? – disse jogando o cabelo. Cocei a nunca.

Malvadão: Jaé.

Naleska: Mas você vai mesmo? Ou vai me deixar esperando, Marcelo?

Malvadão: Ihh, já falei que vou. – me levantei. Olhei o relógio e eu tinha que ir, pessoal vai fazer uma resenha ali na casa do mano Dandin. – Pra onde tu vai? – ela sorriu toda boba. Não sei porque ela adorava quando eu perguntava onde ela ia, doideira, rapá...

Naleska: Vou pra academia.

Malvadão: Bora, te levo. – ela bateu palminhas toda feliz.

Naleska era uma pessoa boa, mas obsessão a deixava insuportável. Desfilei um pouco com ela de moto pela favela, ela nem gosta, né... E deixei ela em frente a academia, ela me beijou e disse que me via depois.

Fui em casa, tomei um banho... Minha casa tava uma zona, tinha nada pra comer, geladeira só tinha água e cachaça. Tô vivendo na merda, irmão.

Semana que vem vou acionar a Matilda pra dar um jeito aqui. Ela vem sempre e toda vez reclama no meu ouvido, eu fico é rindo, porque se eu debater é capaz dela me bater, velha maluca.

...

Pessoal tava na maior resenha por causa da Ericka e do Dudu. Felicidades pros meus!

Jade estava com o Caio no colo e a Nathan colado nela mexendo no bebê. Me aproximei e mexi com o moleque.

Nathan: Quero ir no banheiro.

Jade: Eu vou com você. Segura aqui, Marcelo.

Malvadão: Eu? Tá maluca, sei não, tá doido... Nem levo jeito. – disse nervoso. Ta doido, bebê novinho, parece que vai quebrar, tenho maior medo.

Jade: Leva sim, eu te ajudo, toma.

Malvadão: Não, cara.

Jade: Anda, Marcelo, eu tenho que levar seu filho no banheiro. – já tava perdendo a paciência ela.

Me ajeitei no sofá e ela ajeitou meus braços e colocou a criança no meu colo. O bichinho nem mexia, tava dormindo e rindo, que viagem...

Jade levou o Nathan e eu nem me mexia com medo de quebrar o Caio. 

Preta: Ta treinando pra mais um, amigo?

Malvadão: Pô, mó medo de quebrar. – ela riu.

Coração sem vergonha.Onde histórias criam vida. Descubra agora